Publicado em 11/06/2018 | Atualizado em 21/02/2022
Não vou entrar em questões históricas para não alongar o texto demasiadamente. Publicaremos posteriormente algo sobre os aspectos históricos do totalitarismo no blog do Movimento Cultural Panelense. O Jotta Jotta (professor de história) tem mais autoridade e conhecimento do que eu para falar sobre o assunto. Aqui vou me ater as características do totalitarismo e como Panelas obedece rigorosamente a seus aspectos. Com isso provarei, com base em fundamentos conceituais e comparativos, afastando qualquer vestígio de achismo ou opinião pessoal, que nosso município vive em um regime totalitarista.
O regime totalitarista nada mais é que um sistema político (sergianismo) no qual o Estado (prefeitura), normalmente sob o controle de uma única pessoa (prefeito – de fato ou de direito), partido, ou classe social (elite dominante) controla todos os aspectos da vida pública e privada quando e como quer.
Se você achava que a Prefeita Joelma Duarte (PSB) não fazia regime, caro leitor, regozije-se, pois está certo. Pensamos que, como bem disse o vereador Edson Rufino (PC do B): “Está claro e evidenciado que, em Panelas, a prefeita não apita em nada e não faz nada, a não ser com ordem do seu antecessor”. Portanto, entendemos que o “político”, indivíduo, ‘coisa’ ou líder que controla Panelas é o ex-prefeito Sérgio Miranda e não a atual figura cenográfica que se apresenta como chefe do executivo. A atual prefeita é evidentemente cúmplice do sergianismo, todavia, não faz parte da classe dirigente dessa facção política. Então já sabemos que, assim como os regimes totalitários, temos um sistema político (sergianista), um Estado ou órgão centralizador de poder (prefeitura) e um líder que controla as coisas como quer (o ex-prefeito).
Agora, lembro que regimes dessa natureza mantêm o poder político através de uma propaganda política abrangente e divulgada através dos meios de comunicação controlados pelo Estado. Por exemplo: na Alemanha nazista, Hitler estabeleceu o Ministério da Propaganda; na ditadura varguista o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) foi criado com a mesma finalidade e em Panelas o DECOM (Departamento de Comunicação da Prefeitura) foi criado” a serviço do povo” (?).
Outra marca bem característica do totalitarismo é 1° um partido único, muitas vezes marcado pelo culto de uma personalidade e 2° controle sobre a economia. Muito bem, a bancada aliada do executivo sergianista é praticamente dividido entre vereadores do PSB e do PSD, a única exceção é Weliton Saraiva (PMDB), mesmo partido do Michel Temer. Somando todos fazem parte de um único lado: o lado do ex-prefeito. Formam, portanto, o PSP (Partido Sergianista de Panelas). Eles cultuam, tal qual o totalitarismo, uma personalidade, a prefeita deixou essa histeria bem clara durante o Festival Nacional de Jericos, quando montou o culto público ao “ícone”.
Nem preciso dizer que o controle da economia é basicamente da prefeitura porque é ela, propositalmente, que controla quem tem e quem não tem o que comer, já que não emprega pessoas pela competência ou por mérito, mas por apadrinhamento político e caudilhismo provinciano.
Existe também outra característica bem acentuada que se encaixa perfeitamente na realidade do nosso povo: a restrição da expressão. Muitas vezes já presenciamos cenas, fomos vítimas (eu que o diga), ou acompanhamos pela própria internet casos de pessoas que são “chamadas para conversar” por se manifestarem publicamente contra o desgoverno municipal, por concordar com um tal de Pierre Logan, por compartilham postagens nas redes sociais e até por falar pessoalmente com este jovem jurista que vos fala. Publicamos neste site, inclusive, um caso grave em que Joelma Duarte (PSP) censura uma moça pelo Facebook e a dona do perfil, obedientemente, excluiu a postagem que não passava de uma simples brincadeira (e mesmo assim foi atacada publicamente).
Lembrando que existe uma coisa chamada de independência dos poderes (legislativo, executivo e judiciário) que são responsáveis pelo bom funcionamento do sistema de freios e contrapesos que, por sua vez, formam o tripé que sustenta a democracia. Quando temos um executivo forte, um legislativo aparelhado ao executivo e um judiciário de mãos atadas, estamos em qualquer tipo de regime, menos em um regime democrático. E se alguém disser que a democracia se sustenta somente em eleições periódicas, lembre-se que regimes autoritários têm eleições, “oposição” (entre aspas sempre) e sempre conseguem se reeleger. O povo não tem os meios técnicos, nem científicos e agora nem pode mais auditar seu voto, não temos mais a figura do voto impresso, mas a impressão de que o Brasil está tentando sair do totalitarismo, enquanto Panelas está tentando se chafurdar cada vez mais nele. Para se confirmar tudo e de uma vez por todas que Panelas vive em um regime totalitário, autocrático e despótico, só falta darem o título de cidadão panelense a Sérgio Miranda.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Formando em Direito, Licenciando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente atua na área jurídica e também é colunista do Jornal SP em notícias. Contato: [email protected] ou [email protected]
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