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MELHORES AMIGOS?

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Publicado em 23/10/2017 | Atualizado em 21/02/2022

O artigo 2º da Constituição Federal deixa claro: São poderes da União, INDEPENDENTES E HARMÔNICOS entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Até onde pode se considerar harmonia? O que diferencia algo que se harmoniza com alguma coisa de algo que é complacente com ela? Diz a nossa estrutura sistêmica que os Vereadores são representantes do povo investidos do poder emanado deste para fiscalizar o Executivo. Para as “coisas” funcionarem minimamente bem, é necessário que cada um faça o seu papel, independentemente de amizade. As amizades não devem interferir porque um grupinho de indivíduos não pode se beneficiar as custas e em detrimento da população. Mas será que é assim que a “banda” toca?

Podemos dizer que a primeira coisa que o atual presidente da Câmara, Genilson Lucena (PSB), fez como presidente da Câmara foi providenciar imediatamente o desassoreamento da barragem que deveria estar abastecendo a cidade. As maquinas iniciaram o trabalho e a alegria foi acendida nas luzes das redes sociais através das telas dos aparelhos. Parecia que tudo estava finalmente caminhando quando Sérgio Miranda (PSB), ex-prefeito de direito do município, apareceu com um parecer jurídico e uma desculpa ridícula ordenando que a obra fosse interrompida. Como todos sabem quem realmente manda na bagaça; a obra parou de vez. E Genilson Lucena nada fez além de acompanhar o ex-digestor (doravante “o coisa”) na também ridícula entrevista que deu na rádio, assim como quase todos os vereadores de situação, inclusive, a prefeita (PSB) que nada fala.

Depois disso foi possível ver “o coisa” aparecendo em tudo o que é foto de obras, vistorias, comemorações, inaugurações etc., e o presidente da Câmara apenas acompanhou a prefeita de direito e o prefeito de fato nas suas aventuras caudilhistas. Quando os vereadores receberam um projeto ridículo com erros descomunais sobre o repasse dos professores, eles defenderam como um cão defende seu dono, que a prefeitura estava certa e que os dois vereadores de oposição (Clóvis (PRP) e Edson Rufino (PC do B) estavam errados. Depois de muitas discussões, professores se revoltarem na Câmara, um doido subir e gritar de cima de um carro, muitas matérias, cobrança da população etc., o executivo voltou atrás sem dar explicações. Os Vereadores, paradoxalmente, defenderam mais uma vez o executivo que não cansa de não fazer sentido nenhum.

Quanto mais vamos nos aprofundando na fraqueza desses indivíduos, pior vai ficando a situação. Nós do Movimento Cultural Panelense decidimos “investigar” e fazer um levantamento sobre essas “participações” dos representantes do Legislativo conjuntamente com “os” representantes do Executivo. Na primeira batida que um dos nossos membros deu no perfil pessoal do presidente da Câmara achou algo curioso. De acordo com informações da própria página do Presidente, ele não só é presidente da Câmara, como é presidente na Prefeitura Municipal de Panelas e funcionário do Haras Bonsucesso. A última foi a melhor porque é, claro, a empresa dos cavalinhos de um certo ex-prefeito. Mesma empresa que “patrocinou” a viagem da prefeita. É ruim demais para uma cidadezinha só.

Enquanto isso, a população sofre por não ter representantes dignos no executivo e poucos representantes dignos no legislativo. Quanto mais o tempo vai passando pior fica. Pouca gente sabe um poder que o presidente da Câmara tem. Se o presidente da Câmara quisesse o executivo não poderia continuar com praticamente nenhum dos desmandos. Não impunemente. Se o presidente da Câmara entendesse sua verdadeira função, até essas “festas” do “coisa” seriam barradas. Se o presidente da Câmara entendesse o poder que tem nas mão “O coisa” teria tido suas contas rejeitadas e não poderia se candidatar nem tão cedo a nada. Se o presidente da Câmara não fosse complacente com a indigestão que desgoverna na prática e governa apenas nas aparências facebookianas, a cidade não estaria entregue a “boa-vontade” da Compesa que, mesmo tendo água na barragem, não cumpre com o papel de utilidade pública para a qual foi destinada.
Eles, conjuntamente, obrigam o povo a viver com menos que o mínimo, pois na necessidade que eles mesmos criaram para o povo, dessa forma, o povo como eterno necessitado sempre precisará da caridade daqueles que o aprisiona. Os poderes devem estar em harmonia com os anseios da população e não com os asseclas partidários que avançam na arte de fazer mal ao próximo. 

Coluna Política // Por Pierre Logan

Formando em Direito, Licenciando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente atua na área jurídica e também é colunista do Jornal SP em notícias. 


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