“Políticos ruins não caem do céu, eles são eleitos.”
De uns tempos para cá venho tentando afiar meu português e deixar meu inglês o menos brasileiro possível (risos), mas confesso: depois que deixei de ser eleitor de Juacir Alves (PTB) ando com muita dificuldade de entender babaquês. Se você leu o artigo “política municipal em crise” sabe do que estou falando; se não leu basta dar uma sapeada nos dois últimos parágrafos que vai entender.
O problema não é a tentativa de florear (ou falsear) suas intenções se utilizando de palavras que iludem apenas os que não acompanham a Câmara com frequência. Tenho condições de debater abertamente com ele sobre qualquer coisa porque mesmo tendo meus afazeres e não recebendo para isso, indiretamente, tenho ido à Câmara com mais frequência que o próprio legislador. Tenho o direito e a obrigação de expressar minha decepção por ter acreditado nesse indivíduo, pois diferente de muita gente em Panelas não tenho problemas em admitir meus erros e dizer que não volto mais a errar votando em Juacir novamente (votar, voltando e novamente – piada de nerd).
Ele levanta a voz agora que as manobras políticas da campanha do ano que vem já começaram, depois de todas as reivindicações que fizemos? Durante anos ele aparentemente não escutou, não viu, não participou, não sentiu o que o povo sentiu. Ele que praticamente advogou para o prefeito na época da votação das contas do executivo relativas ao exercício de 2004 (isso aconteceu em 2013). Publiquei até um vídeo e chamei de “vereadores S/A”. Na época o Juacir pediu adiamento da votação porque não entendia muito bem o que era verba Federal, Municipal ou Estadual, assim como não deve ter entendido o que significava: “Aplicação insuficiente na manutenção e desenvolvimento do ensino no município de Panelas em 2004”. Isso mesmo, Juacir, sou o fantasma dos natais passados.
Não é só sobre a manifestação da BR – 104 que ele apareceu (tenho o vídeo), mas na hora da confusão sumiu. É pior do que você imagina; amigo leitor, o relatório da auditoria do TCE não só recomendou a rejeição das contas como desenhou um rastro de incompetência, imprudência, negligência e imperícia que contrariou artigos da Constituição Federal, Lei Estadual e Lei Orgânica Municipal. Mas não; esse que hoje diz “defender os interesses do povo”, levantou-se e dirigiu-se até a tribuna com uma energia que nunca lhe foi muito comum. Disse que não estava deixando de votar, vomitou algumas palavras e deixou de votar.
Sei muito bem como começou a carreira política de Juacir Alves. O conheci quando ele fingia ter ideais e estava à frente da AMUB (Associação de Moradores Unidos do Bairro). Eu era uma criança, mas já participava como podia. Cursamos o primeiro ano do ensino médio na mesma sala (o fantasma dos natais passados). Ele foi o cara que trabalhou em meu primeiro projeto artístico (The Rap Boys). Lembro, nunca foi muito inteligente, mas também não era obtuso. Falava bem, aparentava ter coragem, fingia se importar com uma habilidade que não é todo mundo que consegue. (o fantasma dos natais passados retorna). Assim que peguei meu título de eleitor me orgulhei de poder votar naquele cara. Ele perdeu. Na outra eleição votei novamente. Hoje digo sem rancor, ódio ou vergonha que: ele me enganou direitinho! Não acontecerá novamente. Garanto.
Como você pode ver não é um texto escrito por alguém da oposição que almeja derrubar um candidato do outro grupo. São palavras que descrevem o caminho de um eleitor que foi iludido e aprendeu na prática que políticos ruins não caem do céu, eles são eleitos.
Simplifiquei o máximo que pude para que alguns representantes eleitos possam entender o que tentei colocar nesse artigo. Não quero que pensem de mais e sofram uma congestão cerebral, pois o fato de não terem aprendido a usar os pronomes pessoais do caso reto de maneira adequada mostra que devemos ter bastante cuidado com quem escolhemos para nos representar.
Confesso que tenho mania de tentar entender o texto pelo contexto. Quando não consigo me dedico apenas a compreensão do que foi dito no texto, enumero parágrafos, desmonto orações, reformulo frases e no final do discurso do Juacir desisto e confesso: eu não entendo babaquês.
Por Pierre Logan
Vereador Juacir com Eleitora no facebook, baseado em fatos (bate papos) reais. |
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