“É necessário aprender com os próprios erros, todavia, é necessário aprender também com os acertos dos adversários.”
O que você faria se tivesse uma arma? Essa pergunta parece simples, no entanto, não é. Esta pergunta é difícil de ser respondida; porque a própria pergunta trás dentro de si outras perguntas. Exemplo básico: de que arma eu estou falando? Em que situação? Uma faca é uma arma e não pensaríamos duas vezes antes de usá-la para preparar um almoço (instrumento). Dependendo da situação você, mesmo que por instinto, usaria uma arma de fogo (legítima defesa). Entretanto, não estou falando desses tipos de armas. Fiz uma pesquisa em vários dicionários, para escrever esse artigo, e encontrei definições curiosas para a palavra “arma”. Alguns dos sinônimos mais interessantes para o caso (política) são os seguintes: ideia, atitude, meio, recurso, resolução, ajuda…
Confesso que tenho um carinho especial pelas palavras “atitude”, “ideia”, “recurso”, mas esse carinho não quer dizer que todas aquelas palavras, e outras que não estão no texto, não são de fato armas importantes para construir qualquer coisa. É muito duro vir aqui dar uma de “oráculo de Delfos” e pedir para oposição buscar o “Conhece-te a ti mesmo”. A verdade é que a falta de autocrítica da oposição é um tiro no pé.
Antes de tudo vamos eliminar aquela velha ideia de que criticar é simplesmente um “falar mal”, um “ser do contra” ou que o cara crítico é sempre aquele pé no saco mau humorado e pretensioso. A palavra “crítica” vem do grego e possui três sentidos principais. O primeiro é: capacidade de discernir e decidir corretamente, capacidade para julgar. O segundo é: Examinar racionalmente as coisas sem preconceito ou prejulgamento. O terceiro está ligado à atividade e é: examinar detalhadamente uma ideia, um costume, um valor, uma obra artística, cientifica ou até política. Sabendo disso, fica fácil deduzir que autocrítica seria a capacidade interna do indivíduo realizar uma crítica de si mesmo, por exemplo, avaliar seus atos, analisar sua maneira de agir, seus erros e com isso ter a possibilidade de realizar uma autocorreção.
Pronto. Agora podemos começar a entender o porquê de tantas derrotas seguidas. Finalmente podemos começar a conversar sobre o porquê de tanta gente fazer a mesma coisa, do mesmo jeito e utilizando as mesmas desculpas para o “não foi dessa vez”, “política nojenta”, “fazer o quê… é a democracia”, “é, o povo gosta de ser explorado” e todas aquelas estórias (com “e” mesmo) de que ficou triste com a derrota.
Desde que eu era criança o grupo que, em tese, é liderado por Lourinho perde. Os anos foram se passando, saí do ensino fundamental, médio, superior e nunca vi nada novo na política (nem o vocabulário) ou na forma de fazer política da oposição, que é: hibernar durante quatro anos e depois acordar para ver que perdeu a eleição novamente e voltar ao sono. E a desculpa é sempre a mesma: “Sérgio jogou sujo (eu não)”.
As armas estão por todos os lados. Fatos e oportunidades de reação estão sendo disponibilizadas por todas as partes do município; na câmara, nas prestações de contas, nos desvios de finalidade, nas obras não começadas, nas obras não acabadas, nas verbas mal aplicadas e não aplicadas.
Motivos para a oposição reclamar não faltam. Entretanto, permitem que a espiral do silêncio (já tratada em outro artigo) se faça cada vez mais presente na vida de cada cidadão panelense. As obras atrasam, a prefeitura não atende as exigências previstas para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida na prefeitura, o prefeito não mora mais na cidade, quase não aparece e quando aparece, não faz muita diferença.
A ONG da oposição, ou do próprio Lourinho (aposto que você nem sabia que existia), não funciona nunca (nem na campanha), e a associação de Manasses (se é que existe) é uma piada.
Esse ano, em São Lázaro, não houve prova do ENEM. Esperei a oposição ao menos tocar no assunto, mas não falaram nada, não escreveram sequer uma linha sobre. Nenhuma cobrança, nenhuma pergunta; a única coisa que fizeram foi o silêncio.
Quatro anos de silêncio, sem ideias, sem atitudes, sem autocriticidade, sem evoluir em nada. Não mudam o discurso, não aproveitam os meios ou recursos, não agradecem a ajuda e a única resolução é a derrota. Nem na hora de fazer seu discurso de despedida (“até daqui a quatro anos”) o, em tese, líder da oposição assume que o erro foi seu e que esses erros serão reparados. Se tivesse boa vontade (ou capacidade), diante do número de pessoas que confiaram nele na ultima campanha, ele poderia sim, ajudar a fazer da cidade de Panelas um lugar mais justo, mais limpo e melhor para se viver.
Quando você diz como devem proceder eles falam que não é assim que tem que ser feito, como se fossem especialistas no assunto e nunca tivessem perdido uma campanha. São perdedores do pior tipo, que são os que insistem no mesmo erro e não são capazes de analisar e se autocorrigir. Não aceitam conselhos dos que já provaram que são vencedores. É necessário aprender com os próprios erros, todavia, é necessário aprender também com os acertos dos adversários. Sérgio caminhará com tranquilidade enquanto a oposição pegar todas as armas disponíveis e continuar andando manca de tanto dar tiro no próprio pé.
Por Pierre Logan
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