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UM OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE

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Publicado em 11/09/2010 | Atualizado em 21/02/2022

A população brasileira é sem dúvida, resultante, de um processo de miscigenação que vem ocorrendo desde a ocupação de nosso território pelos colonizadores portugueses. Três grandes grupos formaram o povo brasileiro: os indígenas, os portugueses e os negros. Este último, trazidos de forma forçada como escravos da África. A partir da segunda metade do século XIX, outros povos também contribuíram para a composição do nosso povo, foram os imigrantes europeus e asiáticos.
Atualmente a população brasileira é composta de: índios, brancos, negros, amarelos e mestiços (resultantes de mistura desses grupos). Porém essa diversidade étnica não se reflete em igualdade de condições. A razão está no fato em que dois desses grupos (negros e indígenas) foram submetidos a regime de trabalho desumano, a escravidão, deixando marcas profundas na mentalidade e no modo de vida da nossa população, o reflexo é perceptível nas condições socioeconômicas desses grupos, pois apresentam atualmente, os menores índices de qualidade de vida, além de serem vítimas de atitudes discriminatórias e preconceituosas.
No Brasil, historicamente nota-se a dificuldade para se lidar com a temática do preconceito e da discriminação racial/étnica, evitando o tema por muito tempo, e sendo propagado “mitos” de um país homogêneo e sem diferenças.
Mas quantos já não sentiram-se ofendidos com manifestações de racismo, discriminação social e étnica em estabelecimentos comerciais, instituições públicas e até em igrejas? Essas atitudes representam violação dos direitos humanos, tornando-se um obstáculo na promoção de igualdade e respeito entre os grupos que formam a população brasileira.
Objetivando o reconhecimento e valorização da diversidade étnico/racial brasileira, foi promulgada no dia 10 de março de 2008, a Lei n° 11.645, que altera a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Contribuindo para ampliar o conhecimento sobre as culturas: africana, afro-brasileiras e indígena. Levando ao desenvolvimento de atitudes e valores quanto a pluralidade e interação com a realidade sócio-cultural do Brasil.
Mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias são finalidades que envolve lidar com valores de reconhecimento e respeito mútuo, o que é tarefa para a sociedade como um todo. A escola tem um papel crucial a desempenhar nesse processo, por duas razões: porque é um espaço em que pode se dar, a convivência de pessoas de origens diversas e por ser um lugar onde são ensinadas as regras do espaço público para o convívio democrático com a diferença.
Sabemos, portanto, que atitudes discriminatórias é uma estúpida insensatez, e que isoladamente a educação escolar não pode resolver o problema da discriminação em suas mais perversas manifestações, porém, pode sem dúvidas promover processos, conhecimentos e atitudes que cooperem na transformação da mentalidade de nossa sociedade.

Professor: Lucivan Amarino


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