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Síndrome do pseudoesquecimento

“O povo não tem memória”
É comum ouvir pessoas dizendo que “o povo não tem memória” e geralmente usam essa expressão para justificar a reeleição de um determinado indivíduo. Realmente a maioria da população tem um excesso de paciência que muitas vezes chega a irritar, no entanto, não estamos aqui para falar da paciência ou da “memória do povo”, pois isso é um clichê usado apenas por quem nunca passou na porta de uma aula de ciência política. Estamos aqui para mostrar que os políticos de Panelas, além de não ter nem preparo e nem respeito, também não tem uma verdadeira amnésia.
Esse distúrbio mental que deveria fazer com que os políticos perdessem boa parte, ou quase tudo, do que foi armazenado nos lobos frontais é evocado (olha o paradoxo) silenciosamente para justificar uma mudança súbita de opinião ou de um discurso cheio de contradições. Como? Bastante simples: Acreditando que o povo não tem memória, como muitos políticos acreditam, eles fingem que também não estão lembrados, fazendo com que o assunto que querem esquecer nunca seja posto na pauta. Ou seja, o esquecimento do povo pode até ser esquecimento, mas o esquecimento que vem da parte dos representantes eleitos, é um tipo de pseudoesquecimento. Como tudo o que há na maioria dos políticos: isso também é falsidade.
Não estou dizendo que eles fazem isso de forma racional e sistemática, pois seria impossível para eles juntar causa e consequência, pensar de mais pode causar congestão cerebral, é por isso que não estudam e chamam os que estudam de “doidos” (viu? Não esqueci). O que estou dizendo é que esse tipo de atitude está ligada ao instinto de cretinice, e que agindo naturalmente eles coseguem simular um amnésia global transitória (esquecimento por algumas horas, que não ultrapassa sequer um dia e a recuperação é total).
Estou dizendo isso porque o problema da seca ainda não foi resolvido. Toquem no assunto da adutora (lembram?) com um pouco de insistência e verão que vão fugir de vocês como o diabo foge da cruz. Tentem lembrar a alguns vereadores do grupo do prefeito o que diziam do prefeito quando não eram do grupo do prefeito (uma “quase redundância”) e veremos o que vão dizer. O vereador Juacir Alves (PTB), por exemplo, deu uma de ofendidinho no dia da eleição do presidente da câmara, mas esqueceu de que, horas antes de dar chilique na tribuna, estava na rádio com os outros sete vereadores de situação.
Voltemos à adutora. Lembram que o caminhão com vários canos foi mostrado por uma emissora de TV local? Lembram que o prefeito do município de Panelas supostamente escreveu, em 1999, um artigo para Folha de S. Paulo, com o título de: “O nordeste pede socorro”? Depois de lembrar-se disso tente lembrar que quando a ultima seca afetou o município, o mesmo gestor agiu como se fosse uma coisa nova. Como se fosse um castigo de Deus surgido do nada. Sem aviso e sem chance para um governante como ele que escreveu um artigo quase treze anos antes. Problemas no hipocampo ou falsa amnésia?
Entendo que alguns vereadores podem de fato está sofrendo de algum tipo de perda de memória. É tão frequente encontra-los no bar que, esses sim, podem alegar síndrome de Korsakoff, já que esta encefalopatia é uma amnésia grave provocada pelo álcool. Isso também justificaria a dificuldade de aprender algo novo.
Pronto. Desabafei. Eu que sou chamado de doido com frequência por alguns desses vereadores que além de ótimos oradores também se mostram psiquiatras autênticos, já que dão diagnósticos baseados puramente em seus profundos conhecimentos na área da psiquiatria, venho dizer que nascer em Panelas faz de mim parte do povo. Não importa em que lugar do mundo eu vá morar, serei sempre parte do povo. O povo pode até reeleger muitos de vocês porque estão imersos em uma situação que vocês o colocaram, mas o povo tem memória e se, em algum momento, a população estiver com alguma dúvida pode abrir esse site, e, verificando os fatos, refrescar a memória.
Portanto, lembrem-se da adutora. Lembrem-se das promessas de transparência. Lembrem-se das secas passadas. Lembrem-se de que os prazos de algumas obras não estão mais de acordo com o que disseram. Lembrem-se de que prometeram desenvolvimento. Lembrem-se de que prometeram emprego. Lembrem-se de que prometeram oportunidade para os jovens. Lembrem-se de que já estamos perto de duas décadas e vocês ainda estão com o discurso do “povo carente”. Lembrem-se de que tudo está sendo documentado e que vocês serão lembrados na história como os algozes de toda uma nova geração de panelenses.

Por Pierre Logan


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