Nesse mês de Setembro já alertamos sobre a “Prevenção do Câncer Infantil” (Setembro Dourado), e agora é o momento de falarmos de algo igualmente importante: “Setembro Amarelo”, campanha dedicada a prevenção ao suicídio.
A campanha acontece no mundo todo durante o mês de Setembro, com foco principalmente no dia 10, por ser o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No brasil, a campanha deu início no ano de 2014, concentrada apenas em Brasília. Em 2015, tomou uma dimensão maior e teve atividades realizadas em todas as regiões do País. A campanha é vivenciada de diferentes formas, através de passeatas, passeios ciclísticos, abordagem em locais públicos, e demais atividades que chamem à atenção das pessoas para o tema.
Durante muito tempo, há 20-30 anos, muitas mortes eram registradas por causa do câncer e da AIDS, e parte dessa situação, se dava ao fato de pouco ser falado a respeito dessas doenças, as pessoas não tinham como se cuidar sem saber como, não havia as inúmeras campanhas de prevenção que temos hoje, o acesso fácil a informação e etc. Exatamente o que acontece atualmente quando o tema é “SUICÍDIO”, as pessoas têm medo ou não estão preparadas para falar sobre esse assunto.
A falta de informação impede que as pessoas saibam identificar os sinais que uma pessoa demonstra quando está passando por algo que mais na frente possa terminar em suicídio, com isso, ninguém pode fazer nada. Como posso ajudar alguém que eu não percebo que precisa de ajuda? Para se ter noção da gravidade, são registradas 32 mortes por DIA, onde a causa é o suicídio, isso mesmo, por dia, é um número maior que a taxa registrada por AIDS e da maioria dos tipos de câncer. É, portanto, um problema de Saúde Pública.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos de suicídios poderiam ser prevenidos, é necessário que a pessoa procure ajuda a quem esteja ao seu redor, mas da mesma forma que a maioria das pessoas não sabem como ajudar nesses casos, quem precisa de ajuda também não sabe como pedir, e tudo isso porque esse tema não é trabalhado de forma clara para sociedade, as pessoas não estão familiarizadas de como lidar nessa situação, e dessa forma, o suicídio torna-se um grande mal silencioso.
Para algumas pessoas, em algum momento de tristeza intolerável, falta de esperança, angustia, e demais sentimentos que tire a alegria de viver, a morte aparece como a melhor saída. Diante de todo esse sentimento, as pessoas que pensam no suicídio dão sinais desses pensamentos, saber identificá-los é crucial para que possamos ajudar de alguma forma, vejamos alguns deles:
- Pessoas depressivas, melancólicas, profunda tristeza;
- Demonstra desânimo de viver com frases como: “Não me importa”, “Não aguento mais”, “Desisto de tudo” e etc;
- Se prepara para morte (Colocando assuntos em dia, se desfazendo de coisas valiosas…);
- Isolamento;
- Dificuldade de se relacionar com outras pessoas;
- Desinteresse com coisas que antes eram importantes (na escola, trabalho…).
E COMO INTERVIR:
A princípio, devemos entender que uma pessoa não chega ao pensamento de suicídio por ser fraca, “fresquinha” ou coisa do tipo, cada um tem uma maneira de lidar com a dor e sofrimento, e não podemos julgar a dor de ninguém, e sim apoiar, tentar mostrar a essa pessoa que precisa de ajuda que ela não está sozinha, e que terá todo apoio que precisa para resolver seus problemas e/ou tentar se sentir melhor. Confira algumas condutas que podem ser seguidas:
- Ser um bom ouvinte;
- Mostrar compreensão a sua dor/sofrimento;
- Conversar abertamente sobre as consequências do suicídio, por exemplo, lembrar do sofrimento dos seus amigos e familiares após esse ato;
- Nunca deixar essa pessoa sozinha;
- Tentar convencer a pessoa a procurar ajuda de um profissional (psicólogo ou psiquiatra).
Por fim, essas são algumas dicas dos sinais que uma pessoa suicida demonstra e o que pode ser feito para intervir. O ponto mais crucial é entender que o problema existe e que tem que ser combatido, mas isso só é possível compartilhando a informação. Seja um cidadão consciente e espalhe essa campanha, você pode estar ajudando uma pessoa a viver mais!
Coluna Saúde // por Janily Alves
Enfermeira graduada no Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP); Pós-Graduanda em Unidade de Terapia Intensiva com complementação em Urgência e Emergência.
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