Começo esse artigo com uma confissão. Quando estou entre amigos me divirto bastante, mas quando o assunto é política não tenho o mínimo senso de humor. Na verdade, quando o assunto é política, me vejo como aqueles estóicos que acreditavam que o riso era uma marca de vulgaridade, mas era, também, e, sobretudo, uma marca de impotência e uma confissão de fracasso. Por que estou dizendo isso? Hoje, pela manhã, após ler o jornal, decidi abrir meu notebook para verificar como estavam as coisas no meu Estado. Ler as notícias de Pernambuco e não acompanhar as de Panelas, diariamente, é uma das poucas coisas que considero impossível. Após abrir o site mais confiável da região (www.panelaspernambuco.com) me deparei com uma imagem digna de uma boa risada. O atual prefeito do município ao lado de Nicole Bahls, uma das meninas do programa pânico na Band. Na hora comecei a rir, pois inocente que sou, pensei que finalmente o indivíduo estaria no lugar certo; em um programa de humor!
Risadas à parte. Vamos falar de política e como disse no parágrafo anterior, para isso meu grau de humor simplesmente é inexistente. Política para mim é como era para os gregos: Coisa séria! Vamos começar falando do atual governo panelense, mas no próximo artigo me dedicarei a assuntos que se referem diretamente a falsa oposição e sua contribuição para a decadência do município.
Não farei acusações nesse artigo, na verdade não pretendemos fazer mais em artigo nenhum. Nossa próxima acusação será feita de modo formal. No entanto, vamos seguir a linha de raciocínio do Arthur Conan Doyle, criador do exímio detetive Sherlock Holmes, que inovou no campo da literatura criminal. Dizia o velho Arthur: “Quando você elimina o impossível, o que sobra, por mais improvável que pareça, só pode ser a verdade”. Sendo assim, vamos espalhar os fatos pela tela.
Não vamos começar por 2006 quando o prefeito do município de Panelas concorreu para Deputado Estadual e declarou cerca de 350 mil reais, entre bovinos, propriedades e imóveis em diversas cidades. Também não vamos começar por 2008, quando o mesmo prefeito teve o total de bens declarados de R$ 194.692,70. Talvez seja mais lógico começarmos em 2012, quando Sérgio Miranda concorreu a reeleição e sua declaração de bens foi exatamente R$ 2.549.482,26 (Milhão). Isso mesmo, cerca de 1000% a mais se compararmos a 2008. Como falei, não é acusação nenhuma, são fatos espalhados pela tela de dados extraídos do site do TSE que foram apresentados pelo próprio candidato. É importante lembrar que no dia 23 de maio de 2014 foi divulgada na internet a lista de nomes dos responsáveis que tiveram suas contas julgadas e consideradas irregulares, “por decisão irrecorrível, nos 08 (oito) anos anteriores ao pleito de 05/10/2014”. Para quem quiser conferir a informação está disponível em www.tce.pe.gov.br.
Pensa que acabou? Eu também havia pensado, mas decidi ir além e conferir alguns jornais e blogs das cidades que cercam nosso município. Nem precisamos procurar muito e encontramos uma primeira falta de senso crítico, estratégico e político, mas não financeiro. Sabemos que a AMUPE (Associação Municipalista de Pernambuco) foi criada em 1967 para colaborar com orientações administrativas, e desta forma, melhorar o funcionamento das prefeituras municipais. Sabemos que o atual gestor do município é ex-presidente da AMUPE e também sabemos que a Folha de Pernambuco divulgou que Sérgio Miranda pediu desfiliação de três entidades, a CNM (Confederação Nacional de Municípios), CODEAN (Comissão de Desenvolvimento do Agreste Meridional) e a AMUP (Associação Municipalista de Pernambuco). Ou seja, o município de Panelas se isola politicamente, pois seu gestor que se acha o “todo poderoso” ainda não percebeu que vivemos em sociedade e precisamos fazer alianças constantemente para garantir a sobrevivência. Parece com uma “múmia deprimida”, que equivocadamente é chamada de bom político, e esqueceu a velha máxima que alerta que “ninguém é uma ilha”.
Esses são fatos, como também é fato a frase estúpida e infeliz dita pelo gestor de Panelas ao mesmo jornal: “Essas instituições deixaram de lutar pelas causas mais nobres do municipalismo”. Alguém quer avisar a esse ex-bom político que se ele é o Ex-presidente da AMUP e a mesma “deixou de lutar pelos interesses mais nobres do municipalismo”, ele está assumindo publicamente que foi o responsável por abandonar essa luta? Tudo bem; vamos com calma, afinal, argumentos ilógicos e incongruências já são marcas desse “gênio” da política. Enfim, essa “ilha humana”, que afunda cada vez mais o município de Panelas, está abandonando esses grupos e a região como abandonou o açude, a barragem e o povo panelense e a única coisa que ainda se mostra imbatível é na arte de botar a culpa nos outros. Segue se arrastando pelo mundo da política com uma extrema capacidade de mostrar-se ineficiente em tudo o que realmente importa.
Pronto. Eliminamos o impossível (Coincidências e boas intenções, consciência e capacidade…), agora, como dizia o sábio Holmes, o que sobrar, por mais improvável que pareça deve ser verdade. Não daria para finalizar de um modo diferente de um raciocínio analógico, observando a proporção e aplicando sua fórmula: Sérgio Miranda está para bom político como a cenoura está para animal.
Por Pierre Logan
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