Não enfrentar nenhuma luta é covardia, mas enfrentar todas é estupidez. Não gostou? Reclame com Aristóteles, pois a ideia é dele. Na vontade de provar ser uma opção diferente, Rildo Lamartine Alves Cordeiro (Rildo de Mano), comporta-se exatamente como os outros políticos que conhecemos. Não estou dizendo que seja. Estou dizendo que ele age e fala como um. Poderia fazer algo diferente, mas os motivos que o impede de fazer isso são desconhecidos. Diferente da reflexão do filósofo e aplicando a máxima ao caso concreto, penso que Rildo esteja lutando as batalhas erradas e abandonando as batalhas importantes.
A oposição de Panelas conseguiu juntar uma comissão de idiotas sábios sem a sabedoria. Contradição cabível, mas jamais aceitável. Parece uma crítica dirigida ao Rildo; de fato o atinge, todavia, só o pega por tabela. A crítica é direcionada à boa parte dos que o cercam. A lição é simples e antiga. Para ser mais preciso do século IV A.C., da Arte da Guerra de Sun Tzu, que diz que um líder não pode se cercar de covardes e traidores. Note como a diferença entre o clássico e o arcaico é discrepante. O clássico pode ensinar algo bom durante centenas de anos para Napoleão (1769-1821), Zhuge Liang (181-234), Mao Tsé-Tung (1893-1976) entre outros. O arcaísmo faz com que você leve um bando de gente para dentro (e até do lado de fora de uma rádio) e depois finja ser pego de surpresa pela multidão. Existe uma palavra para coisas desse tipo, mas pelo pouco respeito que ainda tenho pelo Rildo de Mano (político) vou guardá-la, por enquanto.
Se o pré-candidato a prefeito tiver uma assessor, então deve demiti-lo. A ideia de juntar pessoas na rádio é ruim, mas dizer que não sabia é pior. Ora, se Rildo tivesse dito que sabia ou que organizou, mostraria que estaria a par de todos os acontecimentos ao seu redor e que tem uma excelente capacidade de organização e credibilidade para que pessoas o sigam sem precisar oferecer nada em troca. Quando diz que não sabe, ele assume que está desinformado, não tem percepção para notar algo bem em baixo do seu nariz e que o mérito da organização foi de outra pessoa, que além de conseguir esconder algo dele, que até eu sabia aqui em São Paulo, conseguiu tudo sem a ajuda dele, pois nas palavras do próprio pré-candidato: “eu nem imaginava”.
Saindo da chegada de Rildo na rádio e pulando a parte da biografia (ainda sendo analisada) um dos principais e primeiros argumentos do pré-candidato foi que “Panelas precisa voltar para as mãos de um panelense”. Muito bem, então basta o candidato da situação ter nascido em Panelas que o argumento desce rapidamente pelo ralo da retórica malfeita. Segundo argumento é que “pagar o salário em dia é obrigação do administrador e não um favor”. Outra vez mandou bem, pois confirmou que Sérgio Miranda cumpre com suas obrigações (pausa para aplausos). Terceiro argumento é que a oposição vem perdendo. O problema é que do ponto de vista político (que é o que interessa aqui) Rildo também vem de derrota, já que perdeu em 2008 quando se candidatou a vice-prefeito de Agrestina pelo PR. Silêncio (aplausos).
O entrevistador fez alguns questionamentos acerca do concurso público, até então Rildo não havia se pronunciado de forma expressiva sobre a questão, e a resposta foi a menos técnica possível. Depois na esperta pergunta do pagamento em dia, o pré-candidato não explicou a matemática da arrecadação anual, a verba Federal e, finalmente, de que lugar realmente vem o dinheiro do “pagamento em dia”. Bendito assessor (se é que ele existe). E antes de continuar; pausa para aplausos.
A única coisa que realmente me incomoda no discurso do Rildo é o maldito: “temos tempo”. Não, Rildo, não (aplausos) temos tanto tempo. O que você deveria dizer é que Panelas está com vinte anos de atraso. A oposição está ainda mais atrasada que Panelas. O que deveria ter sido dito e não foi é que a unificação não é e nunca foi uma posição que tenha agradado a todos do grupo. Outro grande problema, além da falta de objetividade, são aquelas palavras repetidas sem citação. Sim, estou falando da repetição e explanação de ideias que não são nossas como se fossem. Afinal, Rildo já afirmou que não admitia ser pautado (aplausos), então, que assim seja. A recomendação é que crie suas próprias ideias. E o maior problema de Panelas não é a seca, caro Rildo, a seca é a consequência causada pelo verdadeiro maior e grande problema de Panelas. Aplausos.
O grande problema nestes casos grupais (aplausos, ô, saco) paradoxalmente é o próprio grupo. Como é que a oposição vai analisar de uma forma imparcial o estranho caso do Mica, quando também trouxe para o seu lado Juacir Alves, ex-fiel escudeiro das contas do prefeito? Até daria se Rildo fosse um advogado de fato (outra história), não o sendo, terá que pagar mais honorários e menos bebidas para advogados que deseje depositar confiança. Não sei quem prepara os discursos (malditos aplausos), mas deve ser o mesmo que escreve os de Lourinho (#ficadica).
Para concluir este artigo (aplausos) e meu inicio de madrugada será interessante deixar minha opinião sobre a experiência pessoal que tive quando conheci o Rildo. Pareceu-me ser uma boa pessoa. É um péssimo ator, o que me leva a crer que sua sinceridade e preocupação com Panelas não foi fingimento. Tem condições técnicas e experiência para fazer um bom trabalho como prefeito, mas não pode fazer isso sozinho e muito menos com o grupo que o rodeia. Rildo, a meu ver, é o cidadão certo. A pessoa certa. No partido, coligação, grupo e círculos de pessoas erradas. Rildo de Mano seria uma grande novidade e um grande motivo para que qualquer um saísse de onde estivesse para votar, no entanto, ao lado de Lourinho, Rildo perde força (para a eleição deste ano). Aplausos (juro que tantos aplausos tem explicação).
Se observarmos bem nas entrelinhas, veremos que não há nada nas entrelinhas elem de um espaço em branco. No meio destas palavras que escrevo semanalmente estão alguns sentimentos, ideias, análises, opiniões, ironias (ninguém é de ferro) e lições. Algumas dizem que é importante ouvir Aristóteles e não só abandonar lutas inúteis, como jamais abandonar lutas importantes. Outras dizem para ouvir Sun tzu e esquecer ideias superficiais e arcaicas. Outras voltam às bases das primeiras aulas de política e discurso para dizer que tanto neste texto escrito, quanto em programas de rádio, interromper quem discursa com aplausos intempestivos (olha a explicação) é um desfavor ao que está tentando explicar. Se não entenderam durante o texto foi erro meu. Se não foram convencidos pelo pré-candidato foi porque Rildo errou. Uma coisa é preciso admitir; um de nós dois não vai pedir voto neste ano.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Bacharelando em direito na FMU, formação em
Filosofia e Filosofia Geral, Fundamentos do Direito Público,
Ciência Política e Teoria Geral do Estado.
Filosofia e Filosofia Geral, Fundamentos do Direito Público,
Ciência Política e Teoria Geral do Estado.
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