Publicado em 25/11/2019 | Atualizado em 21/02/2022
Na sexta-feira passada, dia 22/11/2019, aqueles mesmos cidadãos que nos dão aulas, que nos dão lições, deram também o exemplo. Professores unidos caminharam pelas ruas da cidade de Panelas reivindicando seus direitos garantidos por lei. Cartazes como “verás que um professor não foge à luta”, “professor valorizado trabalha feliz”, “reajuste do piso já”, entre outros. A lição dada foi a mesma que Rui Brabosa nos deu: “quem não luta pelos seus direitos, não é digno de tê-los”.
A leitura feita pela população foi a de que algo novo está acontecendo no município e que o dito “novo” não poderia ser capitaneado por outra classe. Tinham que ser justamente a os professores. A prefeita Joelma Duarte, que não apareceu publicamente para se manifestar, pois estava de luto e o luto só acaba para nossa prefeita em dias de festa, a festa só ocorreria mais tarde em Cruzes. O secretário de governo, Sérgio Miranda, também não apareceu, até porque instalou câmeras para não precisar sair. Para essa administração demagoga, que viu a força qualitativa de nossos mestres, restou apenas criticar o quantitativo. Não sabem que são sempre uns poucos que carregam a humanidade nas costas e que tudo tem um começo. Essa foi a interlocução das manifestações que estão por vir.
Panelas não é governado por sua prefeita eleita, é governada pelo secretário que cassou o direito da prefeita falar, ele diz o que ela pensa, sente e é. O sistema de governo da prefeitura de Panelas é a perseguição e a condução pelo medo. Poucos professores tiveram a coragem de ir se defender ou defender outros mestres. O medo da perseguição foi o principal (talvez o único) motivo. Os contratados estavam praticamente descartados, até porque não é novidade que quando não se concorda com tudo o que é feito pelo secretário de desgoverno o “chicote” açoita.
Em um dos momentos mais emblemáticos da manifestação o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Panelas, Udemir, convocou a prefeita para a presentear com uma camisa: “A senhora é professora, prefeita, temos uma camisa para senhora”. A prefeitura anda falhando demais com a educação do município, mas os professores mostraram que esse equívoco a classe não comete. Foi uma movimentação pacata, feliz e dentro da ordem.
Apesar de lideranças políticas como Genilson Lucena, Ruben Lima, Lourinho, Décio, Everaldo de Cruzes, Tivan de Boca da Mata e até o deputado Federal, Fernando Rodolfo, um destaque interessante de pontuar foi a participação do Vereador Zé Júlio. Mesmo sendo um vereador da base aliada da prefeita e deixando isso o tempo todo muito claro, ele vestiu a camisa, entrou na movimentação, defendeu as bandeiras dos professores e, de maneira honesta, destruiu a falácia do secretário de desgoverno que tentava imputar ao movimento a indumentária de “manifestação política”.
Restou, para o desgoverno, o patético argumento de que “foi pouca gente”, como se professores estivessem em casa torcendo para um movimento que briga com unhas e dentes para um dinheiro seu ser liberado e repassado dar errado. Quem foi representou quem não pôde ir. Quem participou orgulhou os que não puderam participar. Os professores que participaram foram fortes, foram grandes e tiveram uma proatividade inquestionável. Foram a mudança que queriam (e querem) ver neste mundo. A manifestação foi grande e continuaria sendo ainda que tivesse um único professor. O motivo foi grande, a forma precisa e a causa foi nobre. Os professores que estavam presentes fizeram história, deram as primeiras notas do prelúdio da mudança. Os professores que já foram chamados de “incautos” por quem nem sabia o que a palava significava, foram heróis porque heróis são aqueles que fazem o que têm que fazer e aceitam as consequências.
Esse foi apenas o começo, a discussão só acabará com o rateio do FUNDEF e o devido cumprimento da Lei. Outra manifestação já começou a ser organizada e da próxima vez será maior, independentemente da quantidade de gente. É grande porque é nobre, moralmente imensurável, exemplarmente necessária e definitivamente virtuosa! Avante, professores, avante!
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
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