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PREFEITURA DE PANELAS COMETE CRIME CONTRA EDUCADORES!

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Publicado em 14/08/2017 | Atualizado em 21/02/2022

Não há outra explicação para o que ocorre com os profissionais da educação em Panelas além do parasitismo sergianista. O sergianismo é um sistema de desgoverno que se utiliza da ignorância, da falta de informação e do analfabetismo da população para retroalimentar a desgraça causada por ele mesmo. A tragédia continua sendo orquestrada pela digestão atual, supostamente (quase que metaforicamente) liderada pela prefeita de direito Joelma Duarte (PSB); governo da continuidade sergianista (ironia não tem nota de rodapé).

Durante este texto amigável e explicativo vou, carinhosamente, utilizar algumas passagens em CAIXA-ALTA. Farei isso toda vez que quiser salientar a burrice do Poder Executivo quando tenta argumentar que “valoriza a educação”. Toda vez que você ler o texto em CAIXA-ALTA, imagine um doido gritando a passagem em cima de um carro! Amém!

A primeira coisa que todo professor do município tem que saber para começar o dia ofendendo mentalmente toda corja do desgoverno municipal de Panelas é: O Ministério da Educação anunciou no começo deste ano que o pagamento do FUNDEB seria feito mensalmente a partir de janeiro e estimou um valor de R$ 1,29 bilhão (BILHÃO) para o repasse do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e da VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO. Isso significa que a prefeitura de Panelas recebeu o dinheiro, mas não repassou.

Abri este sucinto parágrafo apenas para dizer que de acordo com o Art.5º da Lei 11.738/2008, que estabelece a atualização anual do piso salarial do magistério, SEMPRE A PARTIR DE JANEIRO DE CADA ANO, um professor DE NÍVEL MÉDIO (modalidade de curso normal) NÃO PODE RECEBER MENOS que R$ 2.298,80. Se estiver recebendo menos que isso está sendo ludibriado. O grande problema é que os professores da rede municipal completarão no final deste ano nada menos do que DOIS ANOS sem receber o reajuste. OS PROFESSORES ESTÃO SENDO INCONSTITUCIONALMENTE maltratados pela atual prefeita (o) e seus asseclas.

Não se trata da inobservância de uma lei qualquer, mas de uma lei específica para o piso salarial dos professores. Mas não se trata somente de não repassar os valores já enviados para um fim específico somente. A questão é muito mais séria do que parece. As contas do ex-prefeito do município serão votadas em breve pela Câmara de Vereadores do Município e um dos principais pontos e recorrentes apontamentos para rejeição é justamente a inobservância dessa lei. Não é a primeira vez que suas contas são indicadas para rejeição pelo mesmo motivo. Lembra-se do ditado de que errar é humano, mas permanecer no erro é burrice? Então, da burrice desses indivíduos eu nunca duvidei, apenas me surpreendi com a dimensão da estupidez, mas será que é somente isso ou tem algo a mais nessa história?

O objetivo é manter o assustador número de 10.443 pessoas não alfabetizadas no município. Os dados são do IBGE (Veja). Uma população que de acordo com os dados oficiais caiu de 30 mil para 25.645 habitantes, detêm apenas 15.202 pessoas alfabetizadas, ou seja, quase metade da população do município é analfabeta. E olhe que o ex-atual-digestor do município, Sergio Miranda (só para dar nome ao boi) vive dizendo que suas mais de duas décadas de desgoverno salvou a educação. O TCE não concorda, os auditores também não, alguns juízes pelo jeito, mas como sabem o doido sou eu (que tenho o mesmo posicionamento que todos os técnicos do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco).

A ideia é manter o povo na miséria intelectual e a forma mais eficaz de fazer isso é suprimir os nossos mestres. Deixar os professores com o bolso vazio, a cabeça cheia e os finais de semanas tomados com correções de provas. Os profissionais da educação muitas vezes participam da vida dos jovens mais do que os pais, pois recebem toda sorte da traumas e problemas advindos de famílias desconstruídas pelo álcool, pelo desemprego e pela violência causada pelos mesmos políticos que negam os direitos dos educadores. Sabendo que a solução está na educação, os politiqueiros sugam o que podem e vão drenando aos poucos os recursos, fazendo com que os professores não consigam tempo para preparar melhor uma aula, buscar ferramentas para desenvolverem melhor a condição de cidadãos de jovens nas salas de aula. Com o tempo isso vai se agravando e aos poucos vamos criando uma geração de dependentes.

A longo prazo o desastre é irreparável. Quem consegue visualizar algo mais acaba saindo da cidade (muitos professores saem) e outros ficam para enfrentar o descaso, o abandono, o desgaste, a supressão e um desgoverno nefasto e autoritário que não tem capacidade de cumprir com o que prometeu nas eleições e nem se quer de dialogar com honestidade. Os professores são vítimas, mas os mais prejudicados a curto prazo são os alunos e, a longo prazo, toda população, pois não pode receber da prefeitura o que ela não tem; ética, respeito, comprometimento e, sobretudo, EDUCAÇÃO.  

Coluna Política // Por Pierre Logan

Formando em Direito, Licenciando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente atua na área jurídica e também é colunista do Jornal SP em notícias. OAB-SP 218968E.


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