Publicado em 22/06/2020 | Atualizado em 21/02/2022
A zona de conforto deixa muita gente dormente, mas conforto para quem, se não tem água? A zona de conforto deixa o povo silente, mas como ter silêncio se a falta de emprego grita na nossa cidade? A zona do conforto deixa alguns acomodados, mas como se acomodar se a dengue nos persegue, o saneamento nos falta e os nossos filhos terão que escolher entre humilhação, desemprego ou partida? Existem muitos motivos para uma cidade como a nossa, que há mais de vinte anos não anda para frente, anda em círculos, mudar. Poderia ser o fato de ter sido um povoado promissor quando Cupira não tinha nem uma casa e hoje não ter nem metade do desenvolvimento que Cupira tem, mas existem outros tantos motivos que discorrerei aqui.
Desde que a estupidez se tornou uma ciência e alguns em Panelas se doutoraram, nós tivemos dificuldade com a comunicação. Impossível explicar para quem grita: “caga-pau!”, “bicudo”, “tome outra lapada”, “ai, papai!”…, a diferença entre política e política partidária. Eleição foi feito para escolher o melhor cidadão para governar (que obviamente colocar seu nome para o cargo) e os melhores cidadãos para fiscalizar (idem), ou seja, ao mesmo tempo que se opta por alguém no executivo como um voto de confiança, se desconfia colocando alguém para fiscalizá-lo.
Colocar alguém para ser vereador que não tem competência para apontar falhas, indicar ações, requerer providências, comunicar fatos ou corrigir defeitos é o mesmo que contratar um vigia que dorme durante o turno ou que faz vista grossa. Um vereador não precisa ser um chato oposicionista esperando uma falha para “cair em cima do executivo”, mas alguém que, pelo menos, tente fazer com que o mesmo não cometa excessos, não erre e se cometer excesso que responda por isso. Tudo, menos um bajulador.
Um prefeito deve ser alguém que se importe com o povo. Alguém que saiba gerir as finanças públicas, que tenha capacidade de gestão de pessoas e que tenha a consciência de que se governa para a população não para si próprio. Esse, que é o funcionário número um da prefeitura, deve ter a noção de que não se governa com gritos, arbitrariedades e nem com perseguições. Deve gostar mais de pessoas do que de prédios e, sobretudo, entender que a educação é que constrói uma nação forte, que isso somente se consegue com a valorização dos profissionais que estão à frente do processo educacional dos cidadãos. Quem não valoriza professor não valoriza alunos, não respeita os pais e vilipendia a família. Alguém que desrespeita o professor não merece sequer atenção, pois sem uma base educacional forte é impossível ter um bom médico, um bom arquiteto, um bom advogado, um bom psicólogo e até um bom político.
Panelas precisa mudar porque ela pode mais. Não precisamos morar em uma cidade que sequer tem um aparelho de Raio-X, que passe vinte anos sem fazer concurso público, que tenha uma lei municipal instituindo uma guarda que não existe, justamente por não querer fazer concurso público. Não precisamos viver em uma cidade que falta água praticamente o ano inteiro (mesmo com chuvas e barragem cheia), nem que pague um absurdo com taxa de energia elétrica, nem que a regra seja perseguição política em vez de liberdade. Panelas pode muito mais. Pode mais do que o cerceamento do direito de manifestação do pensamento, mais do que uma prefeita que diz não se importar em ser chamada de “laranja, banana, salada mista”.
Panelas precisa mudar, mas o cidadão precisa mudar antes, querer mudança antes de tudo para fazer a mudança acontecer. Depois de vinte anos de desgoverno, Panelas tornou-se pequena, tão pequena que não foi capaz de suportar o crescimento dos seus próprios filhos. Panelas é uma cidade apequenada pela mediocridade de um indivíduo que se acha no direito de ofender a população, comparando pessoas que não tem a mesma percepção ordinária que ele com animais (Hienas) ou chamando professores de incautos. Panelas quer mudança, coragem, determinação e o município precisa de você, caro leitor, que leu até o final e sabe que Panelas precisa de você para mudar.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e Jovem Advocacia de São Paulo.
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