Publicado em 18/03/2019 | Atualizado em 21/02/2022
O sergianismo é um monstro que engole seus próprios filhos. Ele criou políticos medíocre e depois os destruiu. Exemplos temos muitos. Vez ou outra, como é sabido, algum bode expiatório é preso e os verdadeiros “cabeças” continuam livres e manipulando seus bajuladores. Isso deveria servir de aviso para quem quer que esteja dentro do atual grupo da situação e queira uma carreira política minimamente decente. Como todo governo populista, o grupo atual, só aceita um único nome em evidência e qualquer um que queira mostrar serviço sem citar o seu “líder” será amputado imediatamente.
Isso deveria servir de aviso para os vereadores do atual grupo da situação. Sempre será necessário um boi de piranha para ser sacrificado no lugar de quem desgoverna (ainda que indiretamente) a cidade. Não estamos falando de um “se” vai ter alguém acusado ou preso; estamos falando de “quem” será. Não é um condicional, mas sim uma certeza de que o sergianismo vai sacrificar alguém para manter o poder. Vocês que nasceram ontem na política municipal podem perguntar aos mais velhos, eles contarão quais pessoas do grupo da atual gestão já foram presas. Não foram poucas para uma cidade tão pequena.
Panelas é, como quase toda cidade do interior, uma cidade cheia de laranjas. Alguns já conversaram comigo durante uma curta crise de consciência. O problema é grave para os cofres públicos, é verdade, mas é ainda mais grave para os próprios membros do grupo, pois nunca se sabe quem será o próximo usado como escudo. Só é possível saber que haverá alguém, simplesmente porque sempre houve e sabemos que a cidade não mudou muito.
É aí que vem o politicídio. Vereadores estão recebendo uma grande demanda. Cumprindo um papel que muitas vezes nem é o seu. Estão dizendo que usam recursos próprios para todos os lados, mas sabemos que muitos desses vereadores não têm uma profissão específica, eles apenas se denominam “empresários”. Até aí não parece ser nada demais. Mas o número de necessitados continua crescendo e a demanda aumentando. O relógio do descaso é irrefragável. Os vereadores não vão conseguir dar conta de tanta gente necessitada e abandonada pelo governo, mas ainda assim, tudo o que faz tem que dizer que está fazendo com o grupo. Um faz e todos pagam, mas nem sempre todos pagam o que um faz. Normalmente pagamos sozinhos porque a maioria se acomoda.
Pensando nisso, vemos vereadores se debatendo na política municipal. Sendo procurados por cidadãos que precisão de água, de remédios, de transportes, de empregos, de dinheiro, de comida etc., ficam desesperados com seus requerimentos e a inevitável próxima campanha. Qualquer um que sair hoje sai perdendo, mesmo os que ganharam a eleição porque não é só de dinheiro que estamos falando. O que o desgoverno panelense está fazendo repercutirá por mais dez anos. E só há escapatória para os que decidirem caminhar com independência ou liberdade. Para os que tentarem formar a unidade será um suicídio político, ou politicídio. O governo chegou ao fundo do poço, agora falta achar um culpado.
Porque estou dizendo isso? Analisemos. Alguém duvida que Denival de Cruzes tem tudo para ser um vice-prefeito? Eu não! Ele tem o perfil de um vice-prefeito infinitamente melhor do que o inútil, apagado, capacho insignificante Ruben Lima. Então por que o desgoverno não o coloca nesse posto na próxima campanha? Porque não pode ser alguém com perfil de liderança. Genilson Lucena poderia não só ser um bom candidato a prefeito como poderia ser um vice-prefeito dos bons, mas não seria interessante para os interesses escusos de quem realmente desgoverna.
Weliton Saraiva pode até ser um vereador ruim, mas poderia exercer uma liderança muito mais ativa, só que; como eu falei em alguns parágrafos atrás, em um governo populista somente um nome pode aparecer, ainda que esteja fora da política. Nenhum desses pode aparecer sozinhos e nem crescer politicamente. Esse é o motivo para que nenhum político panelense nunca tenha crescido nem mesmo dentro da própria cidade. São sempre figuras coadjuvantes num processo eleitoral e político com um “líder” tão insignificante e incapaz quanto o atual. Eu perguntei recentemente a um eleitor de situação qual é a qualidade especial de um certo ex-prefeito. Ele não conseguiu me dar nenhuma resposta além da quantidade de dinheiro que ele tem. Realmente não há nada de especial nessa figura medíocre que desgoverna a cidade. Não é inteligente. Não é coerente. Não governou bem. Não sabe debater tão pouco argumentar. É uma criatura mediana e não passa disso.
Então o que esperar? É de se esperar apenas que políticos com carreiras promissoras se apresentem como mais uma leva dos que assassinam suas próprias carreiras. Denival, Genilson, Everaldo, todos caminham para o final de Ruben Lima que não é vice-prefeito, não é advogado (cargos executivos são impedidos de advogar), não é nada além de uma sombra por trás de uma figura medíocre muitas vezes sem direito de aparecer nem na foto. Cada um matando sua própria história. Um verdadeiro politicídio.
Coluna Política // Por Pierre LoganAdvogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo e licenciando em filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Membro do Seminário de Filosofia – Olavo de Carvalho e da Jovem Advocacia de São Paulo. Compositor e intérprete, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente faz parte do Sindicato dos Compositores e intérpretes do Estado de São Paulo, também é comentarista político na Trianon AM 740 e colunista do Jornal SP em notícias.
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