Publicado em 10/10/2016 | Atualizado em 21/02/2022
Como devem estar sabendo, as eleições não resolveram todos os problemas do município. O buraco feito na previdência continua lá, e provavelmente crescendo. Graças a escolha do povo, por intermédio de seus representantes, teremos 25 (vinte e cinco) anos mais ou menos para pagar um valor que não se sabe bem quanto é. A voz do povo é a voz de Deus (solta Barrabás) e sua ordem é clara: “Aos amigos tudo! Aos inimigos a lei”.
Não sou aquele tipo de cara que costuma pedir desculpas pela sinceridade. Observo um fato e o descrevo como o vejo. Se isso ofende você de alguma forma, então é um problema exclusivamente seu. Não adianta tentar me colocar contra parede nenhuma porque provavelmente eu a derrube por cima de nós dois, só para ver quem aguenta mais pancada. Dito isto, posso continuar a falar da atual situação política e dos anencéfalos que apoiam a antiga “política do entulho”, inaugurada por Sérgio Miranda e administrada por sua grei. Veja bem, não estou chamando todos os moleques amestrados de burros (eu nunca diria isso dos animais), estou apenas salientando uma característica marcante de quem aplaude a própria desgraça e acha que pão e circo é um bom plano de governo.
Joelma ganhou! Eu aplaudiria se achasse grande coisa ganhar pelo voto da maioria. Na histórica política da democracia lembremos que gatos, macacos, cachorros etc., já foram eleitos (pesquise). O que prova que não precisa ser grande coisa para ganhar eleição. Basta receber doações ilegais e ter o apoio (comprado ou não) da maioria. Agora, passe num concurso público e terá congratulações, pois só quem passa oito horas por dia com a bunda numa cadeira preparando-se para enfrentar milhares de pessoas preparadas para uma prova feita por quem entende do assunto, sabe o quanto deve ser aplaudida. Quem ganha eleição deveria aplaudir e não ser aplaudido. Deveria agradecer o salário que vai receber, a confiança que já recebeu e começar a pensar no que fará para retribuir (salvo em casos de compra de voto, porque a retribuição deve ter sido adiantada).
Não estou acusando ninguém de comprar votos. Estou dizendo que supostamente muitos devem ter vendido o seu (risos). Se bem que para ganhar de Lourinho…até um papagaio de verdade teria boas chances. Muito bem, voltemos a política do entulho. Deixemos essa cantiga de maldizer para outro momento.
O alvitre maquiavélico de “fazer o mal de uma só vez e depois ir fazendo o bem aos poucos” é seguido à risca pela classe política (ignorante) da nossa cidade. A técnica é estúpida, mas funciona. Você deixa a cidade inteira com obras paradas, inclusive obras que são mais desserviços que serviços, como aterrar um açude (o Oscar da jumentez vai para…), destruir uma praça para fazer algo novo (outra praça) etc., e depois você inventa inaugurações para comemorar uma pintura de uma escola, uma praça com o nome de um cara que você mesmo acusou de ser o responsável pela falta d’água no município (Eduardo Campos) só para fazer uma média com o filho do falecido. Aí, quando chegar perto das eleições você começa a acelerar o processo. Todas aquelas obras começam a andar em velocidade máxima, mas não muito rápida para não acabar antes do mais próximo possível das eleições. Pronto! Já é o necessário para um bando de cabo eleitoral vendido, sem compromisso, filho de uma… comece a publicar nas redes sociais suas ações como político exemplar. Aí do nada passam a acreditar em honestidade de político de carreira, coelhinho da páscoa, bicho papão e você tem que aguentar calado, caso contrário será tachado de doido. Há-há-há-há! Adoro o riso porque ele nunca implora!
Falando em implorar, você que acha bom não termos concursos públicos em Panelas, já deve ter percebido que em dezembro seu contrato acaba e você terá que fazer algo para que te contratem novamente? Opa! Isso você já fez nas eleições. Eu me refiro ao fato de que o prefeito (a) terá que fazer concurso público no município querendo ou não. Isso significa que terá menos vagas para puxadores de saco no serviço público. Pode começar a se preocupar. Novos tempos virão.
Não pense que quando falo em entulho me refiro só a questão material, obras de concreto ou coisa do tipo. Toda vida é uma obra. Todo ser humano é construído aos poucos. Somos moldados às pancadas, confusões, problemas, decepções, medos, lutas e lutas que constroem nosso caráter e reforçam nossa base moral. Se vivemos às custas da necessidade de nos submetermos aos desejos dos outros ignorando nossa própria evolução como seres de direitos e deveres, não nos diferenciaremos de animais domesticados. Cada um tem o direito de ser forte ou fraco. Todos têm o direito de fazer o que quiser de sua própria vida. Cada situação vivida pode transformar-nos em edifícios humanos ou entulhos vivos que para nada servem, além de instrumentalizar a politicagem, o desperdício e o desgoverno. Você que escolhe!
Coluna Política // Por Pierre Logan
Formando em Direito, Licenciando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente atua na área jurídica e também é colunista do Jornal SP em notícias.
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