Antes de contar esse conto quero deixar claro (sem nenhuma ironia) que não há nenhuma conexão com a realidade. Todos os personagens são fictícios e foram criados única e exclusivamente para ilustrar ideias que passarei a descrever. Quero reforçar (sem nenhuma ironia) que qualquer semelhança é mera coincidência e que quando digo que não é ironia não estou usando recursos irônicos para “desironizar” minha ironia. Dito isso, recomendo que imprimam e contem para seus filhos essa pequena e rica história que sabemos que não tem nenhuma conexão com a realidade do nosso município.
Os vermes e o rei
Era uma vez um reino muito, muito, mas muito distante chamado Panelópolis. Nesse reino viviam vários vermes que corrompiam e transformavam tudo o que tocavam em lixo, entulho e destruição; através de pergaminhos que assinavam para simular uma possível representação das pessoas que ainda não haviam sido transformadas em vermes. Esse grupo de vermes gostava de ser chamados de: vermeadores.
Dentre esses vermes tinha um verme maior que chamavam de rei. Todos gostavam de fazer tudo o que o rei dos vermes mandava fazer, pois assim sentiam-se reis e diminuíam a sensação de suas verminicidades. Esses vermes, durante muitos e muitos anos infiltraram-se no organismo desse reino e alimentavam-se de sua comida e sangue. Depois de muito, muito, mas muito tempo drenaram toda energia e nutrientes desse pequeno reino distante.
O rei dos vermes não gostava do povo de Panelópolis, por isso afastou-se do povo que governava e assinou muitos e muitos pergaminhos de corrupção, que com um tempo não muito longo passou a interferir diretamente e terrivelmente na vida da população desse pequeno reino distante.
De longe esse verme rei corrompeu a cultura e toda estética de um lugar que era lindo. Festas importantes foram canceladas, professores não recebiam certos direitos, pessoas eram humilhadas e com um tempo a água e alguns lugares bonitos foram preenchidos com terra e entulho. Era um verdadeiro ataque de vermes. Entretanto, esses vermes tinham uma capacidade impressionante de se transformar novamente em pessoas durante o período de eleição e através de um encanto de momento conseguiam convencer pessoas de que deveriam vender seus votos.
Algumas pessoas, encantadas pelo encantamento do momento, também se transformavam em vermes e votavam naquelas pessoas que na verdade eram vermes que pareciam pessoas. Ganhavam eleições repetidas vezes e continuavam a corromper, desnutrir, envenenar, desmatar, aterrar, matar toda a vida e vontade de viver naquele local.
Esse pequeno reino distante passou a ficar praticamente inabitável para pessoas que não conseguiam conviver com vermes e não aguentavam o sofrimento causado por tanta destruição, essas pessoas foram obrigadas a sair para outros reinos e lá tentar sobreviver. Outras pessoas ficavam e resistiam como podiam à tamanha desgraça. Já outra parte não resistia e também se transformavam em verme para diminuir a solidão e não serem tão maltratados pelos parasitas locais.
Os vermeadores e o verme rei tinham uma grande fraqueza que a população de Panenelópolis jamais poderia descobrir: eles eram fracos e tinham um profundo medo de conhecimento. Qualquer pessoa com o mínimo de informação e conhecedores de seus direitos já os deixavam preocupados, pois as pessoas com esse tipo de poder poderiam criar um remédio chamado de educação que poderia eliminar os vermes de uma vez por todas.
Por isso os professores e mestres deveriam ficar longe da política e serem tratados de um modo qualquer. Qualquer pessoa que ousasse pensar deveria ser imediatamente rechaçada e chamada de louca. Eles atrasariam aulas, cortariam direitos dos professores e não dariam nenhum suporte, pois fazer isso seria o mesmo que dar a chave que abriria a porta da destruição dos vermes. Ninguém poderia interferir, mesmo que essa pessoa fosse um promotor ou quem quer que tentasse lutar contra aquela praga, deveria ser morto, pois no sistema dos vermes não poderia haver nenhum tipo de oposição.
O tempo passou e dizem que até hoje, nesse reino distante, pessoas sofrem e morrem, vivem e lutam, adoecem e caminham, fogem ou ficam, desistem ou continuam insistindo, algumas viram vermes e outras resistem como podem para manter sua humanidade, mas os vermes continuam corroendo os órgãos vitais do sistema de um reino que tinha tudo para ser o mais belo. Panelópolis é o reino do era: era lindo, era calmo, era rica, era referência… Mas ainda é amada, muito amada por seus filhos.
Essa é a história de Panelópolis. Uns dizem que essa história é uma estória. Outros acreditam que mesmo sendo um conto que não tem nenhuma conexão com a realidade, ele terá um final feliz. Será que o final feliz apaga uma história tão triste?
Por Pierre Logan
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