Publicado em 01/08/2016 | Atualizado em 21/02/2022
Não dá para levar a classe “intelectual” de Panelas na esportiva. Eles viajam para fazer os cursos, especializações e sei lá o que diabo, mas não aprendem nada. “Então, Pierre, você se acha melhor do que esses bostas? ”. Na verdade, para ser uma bosta melhor que eles, não precisa ser grande bosta não. É melhor parar com esse papo de resíduos da digestão eliminados pelo ânus porque os intelectóides podem não ser bons em matéria de debate, mas em matéria fecal são indiscutivelmente mestres. Não sou Claude Bernard para dar lições de fisiologia; no sentido da ciência que trata das funções orgânicas pelas quais a vida se manifesta (para os intelectóides), ou, simplesmente: ensinar a fazer cagada (para o povão). Não sou um especialista no assunto (como de fato alguns inteligentalhas são), no entanto, sei um pouco sobre o processo fisiológico; no sentido das práticas feitas pelos políticos voltadas para seu exclusivo interesse pessoal (para os intelectóides), ou, simplesmente: fedaputa que só ligam para eles (para o povão).
Fiquei decepcionado quando vi e li algumas pessoas com curso superior (gente respeitada na área educacional) dizendo que votava “em quem o prefeito mandasse”. Foi lamentável ver professores com placas de “eu voto em tal número”. Educadores que não se educaram? Gente que não se formou, entretanto, pensa ter capacidade de formar outras pessoas? Seria hipocrisia ilimitada? Submissão cega e desmedida? Penso que todas as questões referentes a servidão voluntária já foram resolvidas em outros textos que escrevi neste site. Também não estou propondo uma discussão sobre a escolha deste ou daquele grupo (oposição e situação). Não acredito em nenhum dos dois. Acredito, repito, que Lourinho Macunaíma é incompetente demais para fazer a coisa certa e Sérgio Miranda competente demais para fazer a coisa errada.
Vencida a bipolaridade estúpida que tanto critico nos artigos, voltemos para os intelectóides que “acham que pensam, logo, acham que existem” (Maldade com Descartes). É sábio apoiar um número? Pergunte a qualquer idiota e ele responderá que não. Um número não é nada sem o valor quantitativo que damos ao objeto (sentido científico) que queremos quantificar. Se eu digo a alguém que vou dar cinquenta, é natural que me perguntem: “cinquenta o quê? ”. Portanto, não é difícil perceber que devemos nos preocupar com o que “vem depois do número”. Se for cinquenta reais, ficaremos felizes; no entanto, se for cinquenta pedradas não ficaremos nada. Correremos. Eu poderia explicar com português, mas estou com preguiça.
Não é possível, quero crer, que pessoas semialfabetizadas (politicamente falando) digam que apoiam um número sem saber quem está por trás do número. Não é possível que alguém com o mínimo de arrumação intracromossomial específica para votar apoie um representante cujas propostas são desconhecidas e que não sabe se existe, na pessoa desconhecida, capacidade de guiar o município para uma situação menos ruim do que ele está hoje. Não importa o quanto essa pessoa acha que o número vai magicamente preparar o candidato que prometem votar (é um ato de fé). Votam em representantes que desconhecem ou vão me dizer que estão votando no partido e não na pessoa? Seria um argumento vazio e burro porque nunca vi nenhum partido sobreviver sem candidato. Nunca vi partido sofrer impeachment. Nunca vi partidos, como o de Hitler, condenarem ou serem condenados por crimes. Sem pessoas não há partido, mas sem partido existem pessoas. Sem o objeto principal não existe acessório que se sustente. O partido não atrasa salário e não paga em dia. O partido é só uma tentativa espúria de filiar pessoas a ideias. São aquilo que alguns cientistas políticos chamam de “monopolização da candidatura”.
Os que leram o mínimo de teoria política conhecem esse tipo de gente como “idiota útil”. São as pessoas que não entendem bem o que está acontecendo, mas defendem tal ideia como se entendessem e repetem a mentira até que pareça uma verdade inexorável. Depois de um tempo essas pessoas perdem a capacidade de discernimento, e, não raciocinando logicamente, passam, finalmente, a um estágio que não conseguem sequer o adjetivo de hipócritas, pois acreditam piamente em todas as mentiram que espalham. Ficam elogiando a roupa nova do rei (se não entender a referência vai no Google).
Não surtem agora, crianças, o melhor está por vir. Tenho um problema de memória que impede que eu esqueça (para o bem e para o mal). Para piorar sou vingativo para caramba e gosto disso. Já falei sobre o “Elogio ao ódio” então pulemos as explicações e passemos para o final.
“Só uma sociedade de pessoas livres pode criar um Estado livre”
Hegel (1770 – 1831 d.C.), citando Aristóteles (384 – 322 a.C.) disse que “quem depende de algo não é livre”. O que diremos então de um grupo de indivíduos que dependem da “boquinha” da prefeitura e fazem qualquer coisa para perpetuar-se do lado que já foi várias vezes analisado pelo TCE como um péssimo desgoverno? Não precisamos ir mais longe que a condenação do prefeito por burlar licitação para chegar nos recantos mais escuros do imbecilismo da política municipal. Apenas a título de análise e para desenvolver melhor podemos ficar com Stuart Mill (1806 – 1873 d.C.) que pensava que “só uma sociedade de pessoas livres pode criar um Estado livre”. Conforme vamos lendo a teoria política (é que na prática a teoria é outra) vai ficando pior. O que se espera de uma sociedade de escravos? E muito pior do que a escravidão é a escravidão voluntária (voluntária, mas jamais gratuita). Poderíamos pedir para que cada um desses intelectuais fajutos fizessem uma faxina na consciência, todavia, Locke (1632 – 1704 d.C.), já deu a dica que “é fácil imaginar que quem foi tão injusto a ponto de causar dano a um irmão, raramente será justo a ponto de condenar a si mesmo por isso”., portanto, queridos colegas, assim como na guerra, não farei movimentos inúteis. A ideia não é trazer gente desprezível para me acompanhar nesta batalha.
“Intelectuais verdadeiros não se dobram, não se entregam, não se acovardam, nem recuam diante de nenhum político”
Se você é um dos intelectuais verdadeiros que não se dobram, não se entregam, não se acovardam, nem recuam diante de nenhum político, compartilhe esse texto para que chegue até os idiotas úteis. Se você é apenas um cidadão que não tem tempo ou vontade de ler teoria política, filosofia, direito e quer apenas garantir seus direitos; compartilhe para dizer que concorda com as ideias aqui expostas e que repudia o que vem sendo feito em Panelas. Se você discorda do que estou dizendo provavelmente tem vínculo com grupos políticos, prefeitura, é um idiota útil ou só está errado mesmo (#soufodaetiroondaainda + #humildadesempre). Não esqueçam, panelenses, que é sua vida, seu futuro e de seus filhos que estão em risco com a pusilanimidade. Não esqueçam que “o espírito precisa ser forjado” conforme os escritos de Musashi (1584 – 1645 d.C.) e que cada um é o único guardião seguro de seus direitos e interesses, nas palavras de Mill. Não pense que estou citando filósofos porque quero parecer inteligente ou coisa do tipo. Cito apenas para deixar bem claro e fundamentado que tudo o que digo e as análises que faço sobre a questão tem respaldo dos pensadores e mestres da política, enquanto os intelectóides vendidos estão simplesmente sendo guiados por uma cegueira ideológica e sua única fundamentação é a necessidade de se agarrar a quem governa, gritando em nome das ideias dos que adoram para não ouvir o som da própria voz dizendo em alto e bom som que fracassaram na vida.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Formando em Direito, Bacharelando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado.
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