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O CORONÉ-VÍRUS EM PANELAS

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Publicado em 03/02/2020 | Atualizado em 21/02/2022

Ironia não tem nota de rodapé. Os coronavírus não são novidades no nosso planeta, na verdade são conhecidos desde meados dos anos 60. Causam doenças respiratórias leves, moderadas, graves que se assemelham a um resfriado qualquer, todavia, podem matar. Crianças e idosos estão nos grupos de risco. Depois de algumas mortes na China, o sinal vermelho foi ligado e o mundo começou a falar desse problema que agora é planetário.

No Brasil tem um tipo de vírus mais comum e muito mais antigo que os coronavírus, esse é mais danoso, matou muita gente ao longo da história do nosso país, praticamente pessoas de todas as idades podem ser prejudicas por esse tipo de vírus e além de fazer as pessoas sofrerem por falta de saúde, educação e saneamento, ele também persegue as pessoas. O coroné-vírus atinge principalmente cidades do interior, pessoas com mentalidade provinciana costumam não se prevenir e deixar o vírus se desenvolver e se multiplicar.
A multiplicação ocorre como um tipo de transmissão por osmose, baste o coroné-vírus dar qualquer cargo a um funcionário despreparado que o mesmo já se sente o coroné-vírus em pessoa, passa a maltratar as pessoas, age como se fosse superior. Alguns afetados por esse vírus, recebem pela prefeitura, mas sequer moram na cidade, alguns moram em outros Estados, aparecem apenas para receber.
Esse tipo de vírus, de alguma forma, ataca também alguns sentidos das pessoas. É normal que pessoas que sofram desse mal, não tenham noção do ridículo, por exemplo, adorando políticos como se fossem o próprio Deus encarnado, defendam algo patentemente ilegal, se tornem cúmplices de algumas falcatruas, mintam descaradamente para defender seu político de estimação e até mesmo, acreditem, abandonem sua opinião própria, a moral, os bons costumes, ética profissional ou qualquer coisa que de alguma forma desagrade o vetor viral. No estágio mais grave da doença, alguns escrevem até #segueoLíder nas suas redes sociais, porque o cérebro dessas pessoas sofrem danos quase irreparáveis e não sabem mais diferenciar política de torcida organizada.
O coroné-vírus costuma fazer muito mal aos professores, especialmente os mestres que são imunes a ele. Há sempre uma tentativa espúria de maltratar, difamar, humilhar, ofender e também atingir o bolso dos profissionais da educação. É bem comum a contaminação rasteira e sub-reptícia de desviar recursos da educação. Dizem que FUNDEF e FUNDEB são “alimentos” preferidos do vírus para ele manter sua atividade, já que não tem metabolismo e nem substância.
Como qualquer outro vírus, o coroné não tem nenhuma atividade metabólica quando fora da célula-social hospedeira: não captam nutrientes ou recursos, precisam do dinheiro público para se manterem vivos e em funcionamento. O coroné-vírus se multiplica, consome recursos da célula-social contaminada e se muda, geralmente aparecem nessa célula apenas para se alimentar dos recursos.
Diferente do Coronavírus, esse mal não é alvo de preocupação do mercado mundial, nem do governo brasileiro. Infelizmente a população das cidades pequenas continuam abandonadas e expostas a esse tipo de vírus que afeta diretamente a sociedade. Os coronéis continuam amedrontando alguns, corrompendo outros e matando muitos que precisam de serviços públicos.
A pior parte é que quando o coroné-vírus se instala numa célula-social não afeta somente a saúde, a educação e o saneamento, como já foi dito aqui, o desemprego aumenta, o desenvolvimento inexiste e até a água acaba. É algo terrivelmente mortal. O grande problema é que a humanidade se assusta com o que faz mal de uma vez e ignora o que mata aos poucos. Se você leu até aqui, cuidado, em ano de eleição o coroné-vírus costuma agir com mais ferocidade, mais avidez e até com mais apoio dos contaminados. A livre manifestação do pensamento, a liberdade para discordar, a inteligência, a coragem e o conhecimento são antídotos mais eficazes contra esse vírus.


Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e  Jovem Advocacia de São Paulo. 


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