Muito Barulho por Nada!
Existem 32 (trinta e dois) partidos políticos hoje no Brasil. Desses partidos, Lourinho já passou por três; O PT, o PSB e agora aderiu ao partido do atual prefeito do município de Panelas, o PTB. Não sabemos o que acarretou sua saída desses partidos. Também não temos provas concretas e conclusivas dignas de serem postas nesse artigo. No ultimo dia 20, o grupo de oposição foi à Agreste FM, para falar de seu apoio ao candidato a Deputado Estadual Vavá Rufino (PSDB). – Atenção para as siglas. Sinceramente, o Vavá Rufino mostrou ser uma pessoa centrada e coerente. Chegou a dizer inclusive que não teria pendências com a justiça. Como meu velho mestre, Voltaire, ensinou-me que “os desconfiados desafiam a traição”, fui imediatamente pesquisar na internet e em outras fontes do Governo informações que confirmassem as palavras do novo amigo de Lourinho. Divido com vocês, caros leitores, os resultados de minha pesquisa e outras reflexões que fiz após ouvir a gravação da entrevista por diversas vezes.
Vavá Rufino (PSDB) é ex-prefeito de Moreno e irmão do vereador de Panelas, Edson Rufino (PT). Ao que me parece, ele está nessa luta por força das circunstâncias, pois no ano de 2012 sua candidatura a prefeito de Moreno foi indeferida porque seu próprio partido (PSDB) decidiu apoiar o outro candidato do PSB – Continue prestando atenção nas siglas – Acontece que o Vavá Rufino foi vítima de um acordo político feito entre o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, atual candidato a presidente (PSB) e o Deputado Sérgio Guerra (PSDB), ou seja, a mesma acusação feita por Clodoaldo Magalhães (PSB), Fred (PDT) e Mica (PP), contra Lourinho (PTB) (Siglas novamente). Complicado? Muito. Mas temos que analisar de forma pragmática tudo o que foi dito aos ouvintes, pelos agentes políticos.
Quem falou primeiro foi o candidato a deputado Estadual, Vavá Rufino (PSDB). Falou de forma contundente e nada tenho a dizer, ou acrescentar. Confirmei, através de pesquisas, todas as informações passadas por ele. O segundo a falar foi Lourinho. Logo no início confirmou a acusação feita pelo Deputado Clodoaldo Magalhães e sua turma. Disse ele: “É interessante, eu já havia dado meu apoio a um candidato, porque até então, nós não sabíamos da candidatura do nosso amigo Vavá”. Outras coisas foram ditas por ele que me chamaram bastante atenção, pois em outro momento da entrevista disse que houve uma reunião (aparentemente interna) que decidiu por unanimidade apoiar o Vavá Rufino e, disse também, que a oposição nunca esteve tão unida. Obviamente não foi unânime, já que o vereador Mica não o apoiou e, sendo assim, a oposição não está tão unida como ele diz.
Lourinho cometeu vários equívocos durante a entrevista, mas também foi muito coerente em outros pontos e, sinceramente, me surpreendeu ao dizer que levou a questão do problema da água por duas vezes para o governo Estadual (2007 e 2011). Confirmamos a informação através do protocolo fornecido pelo próprio que, fora uma pequena confusão na data, realmente levantou essas questões em 2007 e em 2013 (postaremos o protocolo na página da RCP no facebook). O que deixa em evidência, inclusive um erro meu, quando disse que Lourinho só se movia em época de eleição.
Vavá Rufino volta ao microfone e, dessa vez, comete um erro monumental. Primeiro diz que, como deputado, “não vai resolver absolutamente nada”, pois precisa ser “instrumento de uma representação (do executivo)”. O problema em dizer isso está no fato de, logo após, criticar o deputado Clodoaldo Magalhães dizendo que Panelas passou por uma situação difícil e o mesmo não fez nada. Obviamente é uma contradição abismal, Já que o referido deputado, seguindo o raciocínio do próprio Vavá, não poderia “fazer absolutamente nada”, pois necessitaria de uma “representação” (do executivo). Depois comete o seu segundo erro do dia ao dizer que é preciso investir na “qualificação profissional, porque não há perspectiva para os jovens no mercado de trabalho”. Um discurso como esse combina com outras cidades, mas não com Panelas, já que em nosso município, simplesmente não há espaço para pessoas qualificadas. Em outras palavras, em Panelas, hoje, não existe mercado de trabalho.
O microfone é passado para Lourinho com categoria, e dessa vez ele não erra, mas usa chavões conhecidos e reclamações de antes. E criou até uma explicação nova: “quando a coisa acontece, é uma coisa, mas quando você vê a coisa acontecendo e não faz nada é outra coisa”. Pior que faz sentido. O que não fez sentido foi ter dito que nunca apoiou Clodoaldo Magalhães (negando o que afirmou no inicio da entrevista) e completou dizendo que: “Nunca tivemos nenhuma conversa política, nesse sentido. Nunca fui procurado por ele”. Depois critica Fred por viver fora de Panelas, esquecendo que o candidato a deputado com quem divide o microfone, apesar de ser panelense, passou a vida inteira (desde os 13 anos) fora. Logo em seguida crítica o vereador Mica afirmando: “deve ter uma postura mais ética […] a gente não sabe onde ele está”. Cai por terra mais uma vez a estória (com “E” mesmo) de que a oposição está totalmente unida.
Finalizamos aqui mais uma análise desse barco movido a propulsão mista –vela e vapor- com Vavá Rufino (PSDB) unido ao seu irmão Edson Rufino (PT), juntamente com Lourinho (PTB), Quiterinha (PR), Deço (PSD) e o cara que, possivelmente, não foi porque estava bêbado; Manassés (PDT) (experiência própria). Concluímos com a certeza de que nós (o povo) estamos exigindo de mais quando pedimos que façam sentido. Vemos siglas dos mesmos partidos apoiando e ao mesmo tempo acusando o outro candidato. Os três lados da política de Panelas já falaram na rádio, mas nenhum deles fez propostas, estabeleceu metas ou se quer prometeu qualquer coisa. Dizemos que o poder emana do povo, mas se pessoas como eu, imerso em filosofia, cursando faculdade de direito, lendo jornal todos os dias e acompanhando a política de perto, estou tendo dificuldade para escolher em quem votar; Imagine as pessoas que não tiveram a chance de uma educação básica. Teremos em um futuro distante, políticos que não briguem entre si enquanto pedem a união do povo?
Por Pierre Logan
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