Publicado em 04/09/2017 | Atualizado em 21/02/2022
Muitos devem estar se perguntando ‘o que diabos é um “idiota útil”’. Essa eu já respondi porque escrevi um artigo há um certo tempo falando sobre isso, mas em linhas gerais podemos definir um idiota útil como: alguém que segue cegamente uma ideologia política sem nenhum critério analítico e é convencido de que é inteligente, quando na verdade é persuadido e manipulado pela bajulação dos poderosos. Em outras palavras, o idiota útil fica repetindo coisas que não entende para agradar alguns e se sentir participante de uma causa. Parece com alguém que você conhece?
Seja honesto consigo mesmo e responda: você já viu Lourinho defender alguma ideia própria? Tem alguma bandeira que tenha levantado com garra e disposição? Não me diga que é a candidatura, pois não se pode dizer que ele tenha defendido nem com garra e nem com disposição, tão pouco com inteligência. Já espalham rumores pela cidade de que na campanha eleitoral do ano que vem ele pretende apresentar candidatos. Quero crer que isso seja somente uma piada de mau gosto. Porque de fato isso me parece algo tão fora da lógica quanto a presença desse indivíduo para pleitear qualquer cargo eletivo no município. Já cheguei, inclusive, a pensar que ele seria um bom vereador, mas entendo que de vereador preguiçoso e incompetente a Câmara já está bem servida.
Nunca ouvi nada desse pseudo-líder que tenha soado como original. O que geralmente ele
prolata é apenas uma cópia, de uma cópia, de uma cópia muito mal feita das abstrações como melhoras em “saúde, segurança, educação” etc. Não se tem conhecimento de nenhuma luta social, política ou de classe que ele tenha enfrentado ou pelo menos tocado no assunto. Muito pelo contrário, o que ele tem feito é ficado em silêncio diante dos desmandos dos poderosos da cidade no tocante às questões ambientais, sociais, trabalhistas e, inclusive, políticas. Não rebate as mentiras vomitadas pelo desgoverno, não se apresenta publicamente em nenhuma reunião da Câmara, seja para auxiliar os professores, audiências públicas, aumento do salário dos políticos, aprovação ou rejeição de contas de chefe do Executivo ou algo do gênero. O que se vê é uma figura que aparece na eleição pedindo voto, perdendo a eleição e desaparecendo até reaparecer nas campanhas seguintes pedindo voto. É de se pensar, inclusive, se não está perdendo de propósito, pois já esteve com “a máquina na mão” (quando se aliou ao ex-prefeito Fred Moreira Lima) e perdeu. Até aí tudo bem, mas perder para Joelma (que não tem capacidade nem de falar uma frase sem cometer três erros de português) é ruim demais para ser só incapacidade política.
Não acredito em Lourinho e não apoiaria ele nem que ele tivesse condições de ganhar alguma eleição. Sim, já votei nele e acreditei em algumas eleições seguidas. Naquela época eu não enxergava outra escolha, hoje enxergo entre ele e qualquer candidato apoiado por Sérgio Miranda, um voto nulo. Não votei na última eleição municipal porque não acreditei em nenhum dos três candidatos. Sei que posso e desde então tenho me esforçado em lutar pelo desenvolvimento cultural, social, intelectual e político da minha cidade, como cidadão, apenas exercendo minha cidadania e meus direitos constitucionalmente garantidos, ainda que sem pleitear nenhum cargo eletivo, nem me aprisionar a arapuca partidária.
Se o poder emana do povo, então que eu exerça os poderes do lado do povo, de dentro do povo, sendo o povo, não apenas como político. Sou filho de analfabetos e artistas. Não sou de direita, tão pouco de esquerda, nem de centro e nem de nenhuma forminha que tentem me encaixar. Aproximo-me muito de um anarquista de vez em quando, mas a verdade é que quando tentarem me colocar em suas caixinhas eu pularei fora e deixarei quem tentou me definir com cara de idiota inútil. Por que estou falando de mim agora? Porque muitos tentaram me colocar do lado de uma oposição que nunca se posicionou. Tentaram me colocar ao lado dos que, com sua omissão, contribuíram para o ‘empioramento’ da vida de muita gente honesta. Meu recado é: deixem de interesses politiqueiros e passem a fazer mais pelo povo, pois a desculpa de que não foi eleito como político, não é desculpa para não fazer seu papel de cidadão. Tenham coragem para enfrentar os perigos advindos da originalidade. A conduta dos “líderes” de oposição já traz na sua postura acovardada um sinal de vitimização enfadonha.
Se Sérgio e seus asseclas implantaram o sergianismo no município para corroer as verbas públicas, destruir o patrimônio histórico e aterrar o açude da cidade enquanto destrói vagarosamente a cultura local; Lourinho infectou as pessoas que acreditaram nele com o “coitadismo” dos que se sentem derrotados e desprovidos de representação. Não consegui falar com um só ser humano da oposição que não citasse seu “líder” com tom de decepção, de tristeza, de angústia e de abandono. Pessoas que não acreditam mais porque perceberam que foram tratadas e usadas como idiotas úteis, acreditando em alguém que não passava de uma fraude partidária. Muito bem, vocês já sabem o que é um idiota útil quando segue uma figura carismática, agora imaginem como se chama quem escolhe um idiota útil como líder?
Coluna Política // Por Pierre Logan
Formando em Direito, Licenciando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente atua na área jurídica e também é colunista do Jornal SP em notícias. OAB-SP 218968E.
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