Publicado em 27/09/2016 | Atualizado em 21/02/2022
O mês de Setembro é marcado por campanhas/datas importantes no âmbito da saúde. Já falamos da campanha do “Setembro Dourado”, “Setembro Amarelo”, e agora falaremos do dia Nacional da Doação de Órgãos, que é comemorado neste dia 27 de Setembro (Terça-feira).
O que é o transplante? Nas palavras do Portal da Saúde, resume-se em:
“É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto”.
O Brasil é espelho para todos os outros países quando falamos sobre esse tema, no ano de 2015, foram realizadas 23.666 cirurgias. E só esse ano, entre Janeiro e Julho, já foram registrados 12.091 transplantes. E ainda, sobre os dados do primeiro semestre desse ano, houve um aumento de 31% no número de transplantes de órgãos mais complexos, como pulmão, fígado e coração, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Quem pode ser doador e o que pode ser doado?
Existe os doadores em vida e após morte.
- Em vida, o doador pode doar parte do fígado, parte do pulmão ou parte da medula óssea. De acordo com a lei, parentes até o 4° grau e cônjuges (esposa, esposo), podem ser doadores, quem não for parente, só com autorização judicial.
- Pós morte, existe duas situações: após falecido por morte cerebral, que nesse caso, poderá doar: coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões (mas desde que esse não tenha sofrido uma parada cardiorrespiratória). E, pós morte, mediante uma parada cardiorrespiratória (coração parado), que nesse caso poderá doar apenas: córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Para ser um doador nessas últimas condições, não há necessidade de deixar nada registrado por escrito, basta apenas informar aos familiares o seu desejo de ser doador, para que eles possam autorizar a retirada dos órgãos após seu falecimento.
Observação: Para todo tipo doação, em vida ou não, o transplante só poderá ser realizado caso haja compatibilidade entre o doador e receptor.
Em Pernambuco, foi registrado até o ano de 2015 a seguinte lista de espera por órgãos:
Órgãos
|
Lista de espera até 2015
|
Coração
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07
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Fígado
|
71
|
Pâncreas
|
0
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Pulmão
|
0
|
Rim
|
886
|
Rim/Pâncreas
|
02
|
Córneas
|
259
|
Total
|
1225
|
CURIOSIDADE
- Quanto é gasto em um transplante e quem paga?
A maioria dos planos privados não cobrem as despesas desse tipo de tratamento, dessa forma, estima-se que cerca de 97% dos transplantes são realizados no SUS. Os valores para cada tipo de transplante, você confere a seguir, segundo a tabela do SUS. Lembrando que, esses valores são referentes a Junho de 2015 e estão incluído serviços hospitalar e profissional, mas não inclui o processo de captação de órgão, os exames pré-operatórios e medicamentos, e além disso, eventuais intercorrências e incentivos podem aumentar os valores pagos pelo SUS.
ÓRGÃO
|
VALOR DO TRANSPLANTE
|
Coração
|
R$ 37.052,69
|
Fígado doador falecido
|
R$ 68.838,89
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Fígado doador vivo
|
R$ 68.803,27
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Pâncreas + Rim
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R$ 54.986,45
|
Pâncreas isolado
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R$ 38.093,98
|
Pulmão bilateral
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R$ 64.434,67
|
Pulmão unilateral
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R$ 44.485,10
|
Rim doador falecido
|
R$ 27.622,67
|
Rim doador vivo
|
R$ 21.238,82
|
Ser doador de órgãos é mais que uma atitude humana, é um ato de amor. Converse com seus familiares e exponha sua vontade de ser doador, e assim, na fatalidade de você perder sua vida, você poderá salvar muitas outras, e de alguma forma “viver” no corpo de outra pessoa, oferecer mais alguns anos e/ou qualidade de vida para alguém que no momento precisará mais do seu órgão do que você!
Para mais informações, consulte o site do Portal da Saúde (transplantes).
Coluna Saúde // por Janily Alves
Enfermeira graduada no Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP); Pós-Graduanda em Unidade de Terapia Intensiva com complementação em Urgência e Emergência.
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