Publicado em 01/10/2018 | Atualizado em 21/02/2022
Nada me surpreende mais no município. Não adianta quão grande seja o escândalo. Não importa o tamanho da bobagem que a prefeita-acerola (uma acerola vale por mais de vinte laranjas) tenha dito, nem mesmo os discursos fétidos do ‘coiso’ com sua já costumeira e idiotizada contradição. Quando me enviaram fotos e disseram que a cruz do mirante da serra da bica estava com suas obras paradas eu não duvidei e para ser sincero nem me surpreendi. Eu pedi fotos apenas para me antecipar aos espasmos mecanizados, tediosos e descerebrados de certos sergianistas. Se a quantidade de pessoas que saíram às ruas para defender candidatos saíssem para cobrar direitos do cidadão e deveres do Estado, nossa sociedade seria muito mais evoluída. O problema é que se gasta muita energia e tempo com coisas inúteis.
No dia 05/12/2017 a cruz e acapela do alto da serra da bica foram encontradas destruídas. Depois se descobriu que havia sido um jovem com transtornos psicológicos que acabou surtando e terminando de quebrar o que o desgoverno panelense já havia destruído com sua falta de atenção e cuidado. Assim que soube do ocorrido, Joelma Duarte fez a segunda coisa que mais sabe fazer que é aparecer em foto até receber “ordem de seu superior”. Subiu a serra foi fotografada, prometeu resolver rápido e fazer uma grande obra. Foi a rádio, prometeu, desconversou e fez a primeira coisa que sabe fazer melhor: passar vergonha.
Passaram-se mais alguns meses e depois de muitas cobranças a prefeitura se manifestou principalmente por meio de seus puxa-sacos. Gente sem o mínimo de preparo no básico, do básico, do básico e o processo do concurso público demonstrou muito bem isso, dizendo que a obra estava atrasada por causa do processo de licitação que demorava. Foi aí que no dia 31/03/2018 escrevi outro artigo, que intitulei “Cruzeiro no chão e mentiras no ar” para mostrar, me baseando na lei 8666/93 (Lei das Licitações) e desmentindo aquele argumento sergianista, pois pelo provável valor da obra poderia ser feito por meio de carta convite e que o certame poderia ser concluído em uma ou duas semanas no máximo. Aqueles tapados de cabresto, contratados temporariamente, sem mérito, para venderem seu silêncio, sua razão e sua dignidade costumam me tachar de maluco etc. Quando essa “normalidade” deles é que é a verdadeira doença. Mesmo depois de mostrar a lei, argumentos, fundamentos etc., etc., etc., eles não aceitam a verdade porque não estão defendendo ideias, nem princípios, nem desenvolvimento. Estão lutando pela sobrevivência deles. E num mundo meritocrático, grande parte dos sergianistas estariam em posições bem diferentes.
Hoje, devida a incomensurável incompetência, a obediência canina, a omissão doentia e antidemocrática do povo, do poder público, dos fiscais do legislativo, as obras do cruzeiro panelense estão paradas. Quando o desgoverno é opaco, ou seja, quando não tem transparência nenhuma, os boatos ocupam o lugar da informação e, nesse caso uns dizem que as obras estão paradas por falta de pagamento, tem até áudio circulando com supostas vozes dos trabalhadores que estavam reformando tudo. Outros acham que é só a obediência da máxima maquiavélica, mas o fato da Semana Santa, do Festival de Jericos, do aniversário da cidade terem passado com tudo ainda no chão não causou tanto incomodo nas autoridades políticas, nas lideranças sociais e nem mesmo a Igreja Católica repudiou publicamente ou oficialmente o descaso.
Coluna Política // Por Pierre Logan
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