Publicado em 04/12/2017 | Atualizado em 21/02/2022
Confesso que nunca escrevi um artigo com tanta vontade. Muito do que escrevo sobre a política panelense faço por dever moral, cívico ou por não aguentar o reinado da feladaputagem sergianista numa cidade que outrora era habitada por guerreiros. Muitas vezes me falta paciência para escrever sobre o desgoverno incompetente que corrompeu tanta gente e destruiu, literalmente, muita coisa que podíamos verdadeiramente dizer que era nossa. No meio de tanta podridão política, corrupção covarde, encobrimento de talentos genuínos, aterramentos de histórias municipais e desvalorização do ser humano na sua forma mais calhorda de existir, coexistem alguns gênios de talento imensurável. Hoje, através desta coluna política, neste site que registra praticamente toda história recente do município, eu, com mais orgulho, carinho, respeito e emoção do que consigo expressar com palavras, atravesso a madrugada paulista para dizer a um dos maiores, senão o maior gênio da música e da poesia mundial, o quão importante ele é para o universo da música.
Tanto infelizmente quanto inexplicavelmente você, caro leitor, não encontrará a biografia de Brito Lucena no Wikipédia. Você também não ouvirá da boca ou do som dos carros da maioria dos cidadãos panelenses as canções mais lindas já produzidas por um panelense. Infelizmente a secretária de cultura do município ignora completamente uma lenda viva, ativa e produtiva que ainda respira e transpira musicalidade para qualquer um que chegar perto e interpela-lo sobre essa ou aquela canção gravada por Azulão, Genival Lacerda, Elino Julião entre outros. Brito Lucena, em alguns textos que pesquisei é tratado como morto por alguns que, justificadamente, não entendem o motivo de não se falar nele nas “publicações” de sua própria cidade.
Não é só sua música (ouvida no mundo todo, com exceção, lamentavelmente, de Panelas), não é só sua poesia, seu talento, suas tiradas geniais, suas rimas perfeitas e a sagacidade de seus escritos. É a simplicidade de quem tem muito a oferecer, mas não se enxerga melhor. Sabe de sua grandeza, mas desce do pedestal (se é que um dia esteve nele) para tratar com os pequeninos. Nas vezes em que me encontrei pessoalmente com ele, falei pouco, pois é quando se encontra um espírito elevado que se deve ouvir atentamente suas palavras, suas pausas, seu silêncio, para refletir e aprender com ele. Calei. Não porque não tivesse palavras ou o que dizer a ele. Tinha muito a dizer, no entanto, soube desde o início que aprenderia muito mais ouvindo as músicas que saiam de sua alma.
Talvez você ache um exagero o que escrevo sobre Brito Lucena, saiba que isso não é um terço do que realmente sinto. É apenas o que consigo traduzir em palavras. A raiz é forte. A árvore é forte. Quem duvidará de que seus frutos também serão? São milhares de leitores nesta coluna toda semana, muitos jovens talvez, alguns possivelmente não entenderão a magnitude desse compositor sobre o qual escrevo; mas duvido que perguntem a alguém com mais idade, mais entendimento (ou até mais bom gosto) e não escutem a palavra: gênio.
Ouça Brito Lucena:
SERRA DA BICA
Letras.com Brito Lucena
Forró em Vinil
Acervo Origens
VAGALUME Brito Lucena
Coluna Política // Por Pierre Logan
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