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ARTISTAS PANELENSES DESPREZADOS

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Atualizado em 21 de Fevereiro de 2022

Vamos começar dando um cruzado de direita: a programação da Maratona de Cruzes é um desastre!!! Não há nenhum artista da casa. As pratas da casa foram reduzidas a latão pela administração pública do município. Isso não é de hoje, já tenho outros textos falando sobre esse mesmo assunto, porém, desta vez, foi ofensa deliberada. Eu vou repetir porque sei que é difícil de aceitar: Nenhum artista local irá se apresentar na 36ª Maratona de Cruzes, por óbvio, nenhum artista da própria Cruzes se apresentará na maior e mais tradicional festa do distrito. Absurdo!
A secretária responsável, Josinalda Silva, falou na reunião com jovens sobre a maratona que a programação estava melhor que a do Festival Nacional de Jericos. Entendo que a importância de ter uma programação boa é basicamente a questão comercial. Conforme bandas conhecidas tocam, mais gente comparece, mais consome e mais o comércio circula. A importância de termos bandas locais, é para valorizar artistas da terra. Isso ocorre não só quando se coloca eles para fazerem seus shows, mas também quando se paga bem e em dia. Assim como se paga as bandas de fora. Porém, em Panelas, nem espaço os artistas de nossa cidade tiveram desta vez.
O secretário de desgoverno, a prefeita, a secretária de desenvolvimento e um empresário do Recife reuniram-se às escondidas, segundo boatos que correm pela cidade, e deram um tapa na cara de todo artista local, principalmente, os que residem no próprio distrito de Cruzes. Inclusive, os pedidos feitos pela população de cruzes não foram atendidos. De que adianta juntar o povo para sugerir atrações e não atender as sugestões? Não bastou a enganação de todos os outros anos?
Há uma conversa de um tal “patrocínio” da VIVO. Nós do Movimento Cultural levantaremos o valor real de cada atração e descobriremos, através da publicação que farão, o valor pago dessas notas fiscais. Comprovaremos aqui neste site, quando conseguirmos avaliar tudo, o valor real x o valor pago pelos empenhospois as conversas que correm pela cidade no meio artístico são alarmantes.
Um artista local muito conhecido levantou uma questão: “A classe artística panelense só existe para fazer música em época de eleição?”. E não é assim que a cultura do município tem sido tratada? As grandes festas e manifestações “culturais” do município de Panelas não são resumidas a passeatas, carreatas e comícios? Será que um dia teremos um festival de jericos e uma maratona tão grandes quanto os maiores comícios? Será que um dia teremos uma Maratona de Cruzes e um Festival de Jericos recebendo tanta atenção, respeito, esforço e investimento quanto as campanhas eleitorais?

Walter Silva de Panelas é reconhecido como grande poeta no Brasil inteiro, menos em Panelas, onde o poder público praticamente o ignora. Brito Lucena é de uma magnitude cultural imensurável, gravado por artistas nacionais e outros de projeção internacional. Nem tocam no nome dele. Rafael Barros, certa feita, foi homenageado no São João de Caruaru, garanto que muitos panelenses estão sabendo disso ou lendo o nome dele pela primeira vez agora. Esse e muitos outros artistas são solapados até hoje por um desgoverno fragilizado pela própria incompetência e ignorância.
E os artistas jovens? Edu Silva, Davi (nunca mais ouvi falar do garoto), Wenny Thallys, Ricardo, Fernandinho, Edilson, Zé Goberto, Zezo Lima, Lana Nascimento, Jhony dos Teclados, etc. Não há incentivo cultural. Artistas começam e param porque “se crescer é difícil, crescer sozinho é mais”. Eu mesmo só pude gravar três Cds depois que saí de Panelas, gravei músicas do Walter Silva e do Rafael Barros porque ninguém ligou para eles e sua obra é inegavelmente genial.

O sergianismo cava um buraco e enterra os nomes dos artistas que tem. Escolhe pisotear o que tem de melhor. Queimar os talentos que recebeu, cuspir nas dádivas, nos dons, abandonar o que tem de bom, pois essa administração está acostumada a pagar boa sorte com má vontade. A aterrar a vida artística do município como fez com o açude é uma de suas principais políticas de governo. Antes escolhia os que melhor agradavam suas segundas intenções eleitorais, hoje nem isso. Ano que vem, ou nas próximas festas, com toda certeza providenciarão, pois, ultimamente, é preciso dizer o que a administração deve fazer, dizer como tem que fazer, brigar para que faça e se possível, não se pode pular o óbvio. Se você conseguir imaginar um absurdo, pode apostar que Panelas já terá um precedente. Ano que vem tudo será diferente, pois teremos o milagre promovido pelo santo ano eleitoral.

Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e  Jovem Advocacia de São Paulo. 

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