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ARTIGO: O Sequestro de Abílio Diniz no Cenário Esquerdista da América Latina

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O Sequestro de Abílio Diniz no Cenário Esquerdista da América Latina.
Parte da História Recente do Brasil.

Em outro artigo que escrevi, citei as FARC. Dizia que este grupo narco terrorista tem como receita financeira para a sobrevivência, além de as drogas, os sequestros.
Segundo fontes do governo colombiano, Luís Edgar Devia Silva, codinome Raúl Reyes foi quem deu as ideias da chamada Lei 002 que obrigava empresários e pessoas com patrimônio econômico superior a um milhão de dólares a pagar uma taxa ao grupo insurgente em troca de não serem por ele sequestrados.
Em 01 de março de 2008, Reyes e mais 20 companheiros foram mortos. Não se sabe bem por quem. As Farc acusam EUA de disparar míssil que matou Raúl Reyes e seus companheiros.
Na ocasião lamentou Hugo Chávez, o então homólogo de Luís Inácio Lula da Silva na Venezuela. Disse ele:
“Mataram o nº 2 das FARC, Raúl Reyes, e nós rendemos tributos a um grande revolucionário que foi Raúl Reyes. Eu o conheci pessoalmente na ocasião em que conheci o Lula, entre outros”¹.
A América Latina tornou-se, com o apoio de partidos de esquerda, campo minado das ações destes grupos de guerrilheiros e sequestradores.
No Brasil, ocorreram vários sequestros nas últimas décadas, em que milionários foram vítimas. Em dois sequestros esclarecidos, o de Washington Olivetto e o de Abílio Diniz, uma coincidência chama-nos atenção: a participação de integrantes de grupos de esquerda chilenos ligados à luta armada.

Entre os sequestradores de Olivetto, além de William Becerra, do grupo colombiano ELN (Exército de Libertação Nacional), e de Marco Rodolfo Ortega, do Exército Geral dos Povos PátriaLivre – havia ao menos dois outros ex-guerrilheiros chilenos da FPMR (Frente Patriótica Manuel Rodrigues): Mauricio Hernandez Norabuena e Alfredo Canales Moreno.
O grupo, no depoimento, afirmou que o sequestro aconteceu por motivos políticos, especificamente para financiar a Frente Patriótica Manuel Rodrigues (FPMR) e o Movimento Esquerda Revolucionária (MIR).
Norabuena é integrante da Frente Patriótica Manoel Rodrigues (FPMR), organização armada que atuou contra a ditadura chilena do general Augusto Pinochet. Ele tem duas penas de prisão perpétua no Chile, uma por planejar e executar, em 1991, o assassinato do senador chileno Jaime Guzmán, importante colaborador do governo Pinochet e outra, por ser um dos autores do sequestro de Cristián Edwards, herdeiro do diário El Mercurio, um dos maiores jornais chileno.

O emblemático sequestro de Abílio Diniz.

Na manhã do dia 11 de dezembro de 1989, o empresário Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, foi sequestrado quando se dirigia a seu escritório. Seus sequestradores eram estrangeiros militantes do MIR – Movimento de Esquerda Revolucionária – organização chilena.
O sequestro fora planejado quase um ano antes pelo MIR e pelas Forças Populares de Libertação – FPL, uma das facções da então guerrilha de El Salvador.
Uma caravan disfarçada de ambulância foi usada para interditar o carro do empresário. Com Diniz em suas mãos, os sequestradores pediram de resgate a quantia de 30 milhões de dólares. Todavia um cartão esquecido na caravan abandonada levou a polícia chegar até os sequestradores.
No dia 17 de dezembro, depois de 36 horas de campana em torno do cativeiro, os sequestradores que lá se encontravam, se renderam e o empresário Abílio Diniz foi libertado. Ao todo eram 4 chilenos, 3 argentinos , 2 canadenses e 1 brasileiro – Raimundo Rosélio da Costa Freire. Presos, eles foram condenados as penas de 26 a 28 anos.
Descobriu-se entre outras coisas que no cativeiro os bandidos mantinham um caixão funerário para enterrar o prisioneiro caso ele morresse. No cubículo – de cerca de 3 metros quadrados -, onde Diniz era mantido prisioneiro, não tinha banheiro e nem água encanada. De móveis, somente um colchão e uma banqueta. O som e as luzes ficavam ligados 24 horas. Diniz não tinha noção se era dia ou noite. A cela era subterrânea e a ventilação era mantida por um precário duto. Tudo preparado antecipadamente pelos sequestradores.
Abílio Diniz foi libertado à véspera da primeira eleição direta para presidente da República após o regime militar, disputada por Collor e Lula.
As investigações levaram a polícia a nomes de vários petistas em agendas dos criminosos – todos eles integrantes de organizações de esquerda que haviam optado pela luta armada na América Latina. Isso levou a polícia a vincular o caso ao PT, que tinha em seu quadro, vários militantes da luta armada. Para complicar, os sequestradores foram apresentados à imprensa com camisetas da campanha de Lula, encontradas nas casas que haviam alugado.
Apesar de todo sofrimento causado ao empresário, logo depois se iniciou uma movimentação, em nome dos direitos humanos, liderada pela embaixada canadense para transferir para o Canadá dois sequestradores daquele país, Christine Lamont e David Spencer. O lobby acabou sendo apoiado pelo senador Eduardo Suplicy, do PT, pelo então Secretário de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, José Gregori, e pelo próprio ministro Renan Calheiros, que estava na pasta da Justiça.
Dez anos depois do sequestro, Lula, convencido pelo advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, visitou os presos em greve de fome – como faz Battisti-, e passou a defender a expulsão dos prisioneiros. O Senador Suplicy, como também age com Battisti, fez uma visita de cortesia aos presos. O então Secretário de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, José Gregori, não sossegou até que os bandidos fossem soltos. Dom Evaristo Arns, como sempre agiu com terroristas, levou suas bênçãos aos prisioneiros. Na época, Lula chegou a pedir a interferência do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
Graças a um acordo de troca de presos entre o Brasil e o Canadá, aprovado pelo Congresso, os canadenses David Spencer e Christine Lamont foram extraditados para o Canadá. No início de 1999, os nove estrangeiros foram expulsos e o único brasileiro do grupo, Raimundo Rosélio da Costa Freire, foi indultado².
Convém esclarecer que os sequestradores de Diniz queriam ser expulsos do Brasil porque sabiam que seriam libertados ao chegarem aos seus países e contaram com o apoio amigo do PT. Já Cesare Battisti, revolucionário italiano acusado de assassinatos, não deseja ser extraditado porque sabe que vai cumprir pena na Itália e neste caso também contou com o apoio de Lula e do PT para permanecer no Brasil.

Síndrome de Estocolmo ou conveniência político-econômica e submissão?

Em 2002, Lula ganhou a eleição para presidente da República Brasileira, em seguida, o empresário Abílio Diniz, presidente do Grupo Pão de Açúcar, foi pessoalmente se desculpar ao Lula pelo seu sequestro em 1989. Sim, neste caso o sequestrado foi quem pediu desculpas. Desde então, até os dias de hoje, não para de apoiar o PT e elogiar suas principais lideranças.
Abílio foi integrado no plano socialista do PT, para integrar o quadro dos empresários sócios do esquema de poder socialista do Foro de São Paulo.
Depois disso passou a comprar tudo que era rede de supermercado, para fundir empresas e ter controle de tudo, e assim, eliminar o livre mercado, como é de interesse esquerdista³. Ou você ainda é um dos que pensam que os socialistas/marxistas/comunistas trabalham mesmo é pelo social?
O mesmo aplica-se às empresas de telefonia, que foram “privatizadas”, mas entregues para empresários amigos desses partidos. E tornou-se um mercado fechado, formado pelo clube dos empresários (amigos e submissos) dos revolucionários.


Fontes:
¹ A Enfermidade do Progressismo na América. Carta Pelo Direito de Autodeterminação do Povo Brasileiro. (Autor José Cícero Honorato)
² Blog, A Verdade que a Mídia não Mostra.
³ Blog, A Verdade que a Mídia não Mostra.

Por José Cícero Honorato 

Escritor / Autor e já publicou os livros:

1. A Dissipação da Escuridão. Ou o Reino do Anticristo. 2. KGB: Infiltrações, Enganos e Assassinatos. 3. Carlos Marighella: Sua Incursão Comunista e o Minimanual do Guerrilheiro Urbano. 4. O Documento Li Wei Han: Um Passaporte Vermelho Para o Inferno.

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