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AGORA É ELA! NÃO ELA, MAS: “ELA”

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Publicado em 03/10/2016 | Atualizado em 21/02/2022

E aí, alguma novidade? Sérgio, através de Joelma (risos) – adorei essa expressão – conseguiu vencer sozinho novamente. Sozinho porque Lourinho não pode ser considerado inimigo, já que suas características não obedecem ao mínimo necessário para ser inimigo do desgoverno panelense. Todo mundo sabe que amigo nada mais é que aquele inimigo bem comportado, portanto, o Macunaíma está mais para um dos companheiros de campanha de Sérgio.

“É na campanha eleitoral que os políticos lembram de tudo o que não fizeram e o povo se esquece de tudo pelo que passou”

Eu detesto dizer que avisei (mentira minha), mas eu avisei. Lourinho não ganha nem se for o único candidato. Eu estava esperando acabar o período eleitoral para começar a falar sério novamente (juro), pois em campanha eleitoral não se pode falar sério. Primeiro porque um monte de retardado passa a trabalhar de graça para os políticos, apoiando com unhas e dentes os seus próprios algozes. Então, bradam, como se sua vida dependesse disso, que aquele candidato tem projeto, tem proposta, tem dinheiro, tem coragem, tem palavra, mas no fundo estão gritando qualidades que eles mesmos gostariam de ter. Quando gravo um vídeo dizendo que Sérgio faz o que faz me chamam de doido, mas quando gravam vídeos dizendo que votam em verdadeiros santos na terra, aí beleza! É na campanha eleitoral que os políticos lembram de tudo o que não fizeram e o povo se esquece de tudo pelo que passou.

Mudemos de assunto. Não vou mais falar mal de um comportamento provinciano porque não se pode esperar mais de quem vive dentro de uma caixinha periférica sustentada pela mísera máquina pública que anda torta e aos tropeços de tanto carregar autômatos nas costas sobrevivendo precariamente com dinheiro emprestado de buracos feitos na previdência (isso mesmo, sem vírgula). Este texto é na verdade para analisar um um velho jogo retórico feito quase sempre por perdedores medíocres, desleais e incapazes de construir uma desculpa minimamente cabível para sua própria incompetência.

O jogo é na verdade aquele velho lamento coitadista de “não vai mais se candidatar porque…”, Fulano não quer mais saber de política devido a…”, “Fulano está muito triste já que…”. Mesma conversinha mole de sempre. Duvido que não voltem em dois anos querendo eleger um fulano na esfera Estadual.

Parem com esse jogo retórico imbecil de dizer que perdeu porque o povo não votou ou fez certo. Democracia é justamente isso; a vontade de quem você não conseguiu convencer se sobrepondo a sua vontade. Será possível que Lourinho acreditou que não tendo nenhum trabalho social, comunitário, intelectual convenceria alguém de que seria a melhor opção? Eu mesmo não votaria nele (e olha que não sou muito burro). O que o Lourinho fez para merecer voto, além de se candidatar? Isso mesmo: nada. Falei antes da campanha e repito: quem impõe sua candidatura antidemocraticamente não tem condição de ser eleito democraticamente. O próprio grupo da “oposição” não o queria como líder. Ele não convenceu as próprias pessoas do grupo, como poderia convencer os de fora?

Perder para Sérgio (através de Joelma) foi o enterro definitivo da sua própria carreira política. Óbvio que não estou contando com a compra de voto que a situação sempre promove, mas não tenho como provar (tenho convicção, mas parece que convicção só serve contra o Lula). O que interessa no caso é que  para todos os efeitos a campanha foi limpa. A desculpa de que jogou limpo e o outro lado não, é outra conversa fajuta. Se cometeram crime eleitoral prove. Vá a juízo! Entre com uma ação judicial. Judicialize o problema. Caso contrário será somente mais um tipo de esperneio de perdedor. 

Partindo para os “finalmente”, gostaria de lembrar que dois dos políticos que citei nos artigos dizendo que não seriam merecedores de confiança, perderam feio: Juacir Alves e Mica (inesquecível). Manoel Caboclo nem chegou a se candidatar, pois estava tão queimado depois da palhaçada na Câmara que achou melhor criar galinhas e abandonar a política. Sempre achei que penas e ovos combinavam com ele. Esses carinhas podem reclamar e dizer que perderam porque mudaram de lado, assim como Léo Lima (que a meu ver seria uma boa opção), André Muniz (outra opção interessante), mas o fato é que o jargão criado para campanha estava certíssimo. Afinal, agora é ela! Não ela Joelma, mas ela: a mesma merda de sempre!!!

Coluna Política // Por Pierre Logan

Formando em Direito, Licenciando em filosofia, possui formação em Direito Eleitoral, Administrativo, Fundamentos do Direito Público, Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente atua na área jurídica e também é colunista do Jornal SP em notícias.


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