Publicado em 14/06/2016 | Atualizado em 21/02/2022
Segundo dados do censo IBGE 2010, já se contabiliza mais de 12 milhões de diabéticos no Brasil. A Diabetes Mellitus (DM) é caracterizada pelo desequilíbrio de glicose no sangue (açúcar), e trás sérias consequências para seu portador, dentre as mais graves, o pé diabético.
Por tratar de um número grande de pessoas acometidas pela doença, e por ter complicações tão graves, essa situação torna-se um problema de saúde pública, onde estados e municípios deverão traçar ações em prol do não acometimento da doença e/ou o controle dos riscos ao paciente advindos dessa patologia.
OS DOIS PRINCIPAIS TIPOS DE DIABETES
DIABETES TIPO I – deficiência de insulina. Na maioria das vezes causadas por uma doença auto-imune, que “interrompe a fabricação” dessa insulina.
DIABETES TIPO II – deficiência na ação e/ou secreção da insulina. Associado na grande maioria das vezes à obesidade.
SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS:
- Sede excessiva
- Aumento do volume da urina,
- Aumento do número de micções
- Surgimento do hábito de urinar à noite
- Fadiga, fraqueza, tonturas
- Visão borrada
- Aumento de apetite
- Perda de peso.
PREVENÇÃO:
- Manter peso normal
- Praticar atividade física regular
- Não fumar
- Controlar a pressão arterial
- Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos)
PÉ DIABÉTICO
O pé diabético é uma das complicações mais graves da diabetes, trata-se de uma lesão no pé de difícil cicatrização devido as condições do paciente. Na diabetes, é muito comum o indivíduo desenvolver neuropatias, uma doença que afeta os nervos, que tem como principal característica a perda da sensibilidade, quando a neuropatia é periférica, é muito comum lesões nessa parte do corpo. É possível que o portador da doença se corte e não seja capaz de sentir nada, e a ferida vai crescendo e ficando cada vez mais difícil de tratar.
Alguns cuidados gerais para prevenção de lesões no pé podem ser tomados:
- Fazer avaliação diária dos pés;
- Não lavar os pés com água quente demais;
- Secar bem os pés pós o banho;
- Manter a pele hidratada;
- Usar meias sem costura e sem elástico (preferencialmente brancas);
- Cortar as unhas pelo menos uma vez no mês e lixar uma vez na semana;
- Usar calçado adequado (que não aperte demais);
Uma vez o paciente diabéticos com a ferida, o tratamento é lento e muitas vezes não é eficaz, o que leva à amputação, segundo o Manual do Pé diabético (2016):
• Pessoas com DM apresentam uma incidência anual de úlceras nos pés de 2% e um risco de 25% em desenvolvê-las ao longo da vida.
• Aproximadamente 20% das internações de indivíduos com DM são decorrentes de lesões nos membros inferiores.
• Complicações do Pé Diabético são responsáveis por 40% a 70% do total de amputações não traumáticas de membros inferiores na população geral.
• 85% das amputações de membros inferiores em pessoas com DM são precedidas de ulcerações, sendo os seus principais fatores de risco a neuropatia periférica, as deformidades no pé e os traumatismos.
Para o tratamento dessas lesões, no momento usa-se recursos disponíveis em hospitais, muito embora pelas condições do paciente, algo mais específico seria mais prudente, como é o caso da TERAPIA LARVAL, uma técnica que vem sendo resgatada, trata-se do uso de larvas estéreis diretamente no leito da ferida, e então essas larvas vão fazer o que chamamos de desbridamento (retirada do tecido morto) além de liberar enzimas que estimulam o tecido de granulação, e então acelera o processo de cicatrização.
Essas são algumas informações relevantes e úteis com relação à questão da diabetes. Até o próximo artigo com mais questões relacionadas à Saúde.
Coluna Saúde // por Janily Alves
Estudante Graduando em Enfermagem no
Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
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