Com a proclamação da independência do Brasil, em 1822, as camadas mais humildes da população foram deixadas de fora desse processo.
Com a abdicação forçada do imperador Dom Pedro I e, o seu retorno para Portugal, o povo sentiu-se órfão. Movimentos de insurreição explodiram por todo império entre os que exigiam a volta do ex-imperador Dom Pedro I e os governantes que defendiam o período de Regência.
Em Pernambuco, esse sentimento de abandono e orfandade ocasionou, entre outras, a Revolta dos Cabanos, que teve origem em Panelas e se estendeu até a localidade de Jacuípe, nas Alagoas. Começou em 1832 com a “abrilhada” e perdurou até 1836.
Os Rebeldes Cabanos eram compostos de índios; escravos e camponeses pobres. As batalhas eram sangrentas! Os nossos irmãos antepassados enfrentaram o medo; a fome e as doenças, entregues à própria sorte, porém, movidos pelo sentimento patriótico dos Bravos!
O que simbolizava a luta dos revoltosos na Guerra dos Cabanos, era o direito a terra e a melhores condições de vida. O direito à dignidade!
O sentimento de Liberdade, o Heroísmo e a Determinação do nosso povo, inspirou a insurreição denominada Cabanagem na região do atual Estado do Pará, onde essa luta por liberdade passou a ser nacionalista, pois, se reivindicava a independência da província e se estendeu até 1840.
Em 18 de maio de 1870 – a Lei Provincial nº 919, elevou o povoado de Panelas à categoria de Vila. Em 27 de fevereiro de 1893, com base no artigo 2º das disposições gerais da Lei Estadual nº 52, Panelas foi constituída em município autônomo.
Passados 143 anos, a luta por liberdade, do povo panelense, contínua a mesma. Os anseios são os mesmos! Liberdade; Melhores condições de vida e Direito a viver com dignidade na terra em que nascemos! É a luta contra os opressores, vindos, muitas vezes, não se sabe de onde!
A diferença das lutas de hoje é que os Revoltosos não são mais os escravos e índios da região! Esses Revoltosos somos nós, os jovens, que não aceitamos mais a falta de esperança que domina os nossos pais!
Não aceitamos mais, essa falta de oportunidades de um trabalho digno! Não aceitamos mais, a falta de qualificação profissional para os jovens! Não aceitamos mais, assistir às histórias mentirosas de que vivemos no melhor dos mundos! Não aceitamos mais, a truculência dos mandatários de plantão e a impunidade dos seus vassalos amestrados! Não aceitamos mais, a ditadura da mentira e da enganação! Não aceitamos mais, sermos conduzidos por políticos oportunistas que não têm compromisso com o social! Não aceitamos mais, essa condição tipìcamente medieval com que somos tratados! Não aceitamos a forma subserviente e omissa com que o Poder Legislativo se porta perante o Poder Executivo! Não aceitamos, por fim, a omissão explícita com que a coisa pública é tratada pelos governantes de plantão!
A partir de hoje, nós, que fazemos a Revolução Cultural Panelense, assumimos o compromisso de combater e denunciar a omissão e os desmandos, cometidos, por aqueles que ocupam cargos públicos e não correspondem ao seu dever constitucional. Estaremos desde já, nas escolas; no campo; nas vilas, distritos e Sede, assim como, nas redes sociais, cobrando e denunciando a falta de cumprimento das promessas dos nossos políticos, os abusos e omissões, para que se torne público o que acontece em nossa querida Panelas!
A terra de Manoel Gonçalo Ferreira e Gregório Bezerra, foi, é e sempre será, uma terra de destemidos! O epicentro das lutas pela Liberdade!
É chegada a hora de tomarmos em nossas mãos a condução do destino da nossa terra, antes que seja tarde!
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