“A escola da vida não perdoa atrasos e essa sutileza determina o quanto perderemos no futuro.”
Quem está acompanhando essa coluna política sabe que não canso de criticar meia dúzia de anencéfalos que de um modo ou de outro conseguiram palmilhar uma carreira política longa, ainda que vergonhosa. Penso que a maioria dos agentes políticos de nossa cidade precisa urgentemente de uma “cirurgia de redução de ego”. Mas, ainda que a megalomania infinita seja intempestiva para quem exerce uma função pública, o que incomoda mais é o fato de que eles não só se acham inteligentes em demasia; também agem como se o povo fosse muito burro. O perfil do Facebook da prefeitura anunciou que, no dia 04/02, as aulas teriam início. Mas até agora não começaram. É o fim da picada!
Quando a Secretaria de Educação não tem a informação de que as escolas estão ou estarão em reforma, é um sinal de que há um problema seríssimo de comunicação, mas, se ela tem essa informação e engana o povo; é um sinal de que a complacência com essa administração nefasta é a condição de aceitação do funcionário. A Secretária de Educação, Rosângela Chaves, deveria publicar uma nota dizendo que se envergonha com tal situação, no entanto, desejou no dia 09/02, “um ano letivo repleto de aprendizagem” para todo corpo educacional.
Não pense que estou sendo injusto. No dia 26/01 o perfil do Facebook da prefeitura publicou uma nota dizendo que “A prefeitura está realizando Reforma e Ampliação do Centro de Ensino Infantil – Tia Júlia de Almeida – (Creche)” e que “está realizando reforma em 48 escolas do município”. Em outras palavras, a Secretaria de Educação do Município sabia que as aulas não começariam no dia 04/02 em muitas escolas, mas, ainda assim, não se pronunciou contra a publicação de uma nota dizendo que “Gincanas, alegria, diversão e expectativas de um excelente ano letivo, o INÍNICO DAS AULAS 2015 EM NOSSO MUNICÍPIO”. Em uma parte de uma das notas chega a ser irônica quando diz: “Em Panelas a atenção com a educação não para”. Se a “atenção com a educação não para”, as aulas estão paradas. Dom Moura, Benjamin Galvão, Creche Tia Júlia e sabe lá quantas outras escolas não começaram o ano letivo, ou começarão apenas hoje (será?).
Um dos problemas é que a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I não são organizados por hora/aula e por isso cada dia perdido deve ser um dia reposto, ou seja, se tiverem que repor essas aulas aos sábados, os professores terão que trabalhar em muitos sábados. Os alunos terão que estudar em muitos finais de semana (duvido) graças à irresponsabilidade de gestão atual que não é de Sérgio Miranda, pois este não está nem aí (Literalmente), já que; até uns dias atrás, estava (ou ainda está) em Oregon (EUA), aproveitando os rios que nunca foram aterrados (como o açude). O atual responsável é Ruben de Lima Barbosa (PT do B), vice-prefeito do município, Secretário de Turismo de Panelas, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e sabe lá o que mais (haja cargo). Gosto de chamá-lo de “sombra” porque sempre foi a sombra de Sérgio. Como vereador não fez muita coisa. Costumava faltar e dizer que estava ocupado demais.
O grande problema é que a aferição dos padrões de sucesso baseia-se em eleições ganhas, não em projetos que colaboram para o desenvolvimento social, cultural e econômico do município. Toda essa derrelição transforma Panelas não só em um aglomerado de montanhas de entulho, mas faz com que as coisas não aconteçam. Eu não estaria errado se dissesse que nossa cidade é o lugar onda as coisas simplesmente desacontecem. Estão desenventando Panelas. Apagando nossa história.
Ruben, assim como Sérgio Miranda, foi eleito para representar, no entanto, consegue desrepresentar o povo panelense com uma singularidade nunca antes imaginada. É realmente impressionante como as coisas não são e, se são, deixam de ser porque a desconstrução de nossa cidade é a principal habilidade desses políticos de porta de boteco.
Esses dias uma amiga que trabalha na prefeitura elogiou meus artigos e me descreveu como “realista e desconfiado”. Gostei. Ela dizia que não queria perder o emprego, mas que acompanhava e sabia que nosso povo está sendo pisoteado. “luto como posso, mas não posso fazer muito”. Disse com a voz de choro que tinha boas intenções. Mesmo entendendo o sofrimento dessa amiga fui obrigado a dizer que “o mal se enfrenta com atos e não com intenções”.
Ainda há um ou outro que não foi contaminado pela “ignorância ambiente”, entretanto, são os incautos que esperam que haja uma grande mudança advinda da inércia. Esses acreditam que só porque a escola é publica, também é de graça.
As crianças começam o ano atrasadas. O carnaval acabou e as aulas (em algumas escolas) não começaram. Devemos entregar o futuro a quem não se importa com ele? Se ainda não morremos somos responsáveis pelo que virá. Estamos vivos e somos responsáveis por educar nossas crianças. Ensinar para elas que passamos a vida correndo atrás de carros com bandeiras partidárias, apoiamos o funesto, o maléfico, o lesivo etc. Diremos que somos péssimo exemplo, que não lutamos, não brigamos com todas as forças que tínhamos para que nossa identidade cultural não fosse apagada, ou para que nosso açude não fosse destruído, ou para que nossas crianças pudessem nascer em nossa cidade.
Se a solução para o problema da podridão moral da política do nosso país, estado e município é a educação; estamos atrasados e é sempre bom lembrar para os que não começaram a lutar ainda que: a escola da vida não perdoa atrasos e essa sutileza determina o quanto perderemos no futuro.
Por Pierre Logan
Escola Municipal Benjamin Galvão e Dom Moura em reforma. |
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