Publicado em 11/03/2015 | Atualizado em 21/02/2022
Mal começou o ano letivo, e a situação da Educação Municipal já é destaque, com o descaso. Segundo matéria divulgada no Jornal A Voz dos Cabanos de Panelas-PE, além dos atrasos no início das aulas em algumas escolas da cidade, outras escolas foram fechadas, a situação preocupante no distrito de Cruzes onde salas de aulas funcionam em garagens e em espaços inapropriados, livros sendo jogados no lixo em São Lázaro, esses foram os destaques do Jornal.
A matéria foi publicada na edição de fevereiro do jornal, impresso nos primeiros dias de março (2015). O destaque foi dado a situação da educação no município neste inicio de ano letivo na visão dos poderes públicos: prefeitura, secretaria, funcionários. Na matéria também foi falado da entrevista da atual secretária de educação, Rosângela Chaves, cedida à rádio Agreste FM no dia 06/02. As informações a seguir são do Jornal A Voz dos Cabanos publicado na Edição impressa.
PÓS-CARNAVAL E INÍCIO DO ANO LETIVO: COMO ANDA A EDUCAÇÃO NA CIDADE DE PANELAS?
Na visão dos poderes públicos (prefeitura, secretaria, funcionários)
Quem acompanha a página oficial da Prefeitura de Panelas no Facebook, pôde ler no decorrer do mês de fevereiro diversas postagens a respeito do início do ano letivo, algumas delas foram:
• Na última quarta-feira 04/02 as Escolas da Rede Municipal de Ensino abriram suas portas para acolher os alunos panelenses, cada uma a sua maneira, festejou a volta às aulas incentivando nos alunos o desejo de aprender sempre mais;
• A Prefeitura de Panelas (…) está realizando uma série de reformas nas Escolas do município, uma das beneficiadas, é a Escola Municipal Benjamim Galvão na Sede;
Em entrevista cedida à Rádio Agreste FM no dia 06/02 a atual secretária de educação, Rosângela Chaves, falou sobre o início do Ano Letivo na cidade de Panelas, acompanhe alguns trechos:
Sobre as nove escolas que foram fechadas (do pré ao 5º ano) nesse ano de 2015, a secretária justifica: “Nós tivemos que paralisar nove escolas, mas esses meninos não estão desacobertados, porque eles foram transferidos para escolas mais próximas e eu quero dizer aos pais que não se preocupem…”.
Sobre os horários escolares: “nós criamos departamentos importantes dentro da Secretaria de Educação, como o de ensino integral, por exemplo, nós temos hoje 93% das escolas do município atende como o ensino integral, o aluno tem pelo menos 7 horas de acompanhamento diário…”.
Sobre os jovens com necessidades especiais: “Criamos a Coordenadoria de Educação Especial, dentro da Secretaria de Educação,(…) são dados do Ministério da Educação, 92% das pessoas deficientes da população de 4 a 17 anos, no município de Panelas, eles estão na escola, a escola abriu as portas e tem recebido esse público (…) Criamos cinco salas de atendimento de educação especial porque esse aluno, a gente trabalha com inclusão, ele está nessa sala especial com professor especializado…”.
A secretária aborda outros temas como E.J.A., mobiliário das escolas, programas desenvolvidos, entre outros. O jornal possui o áudio completo da entrevista e disponibiliza para os interessados, basta solicitar entrando em contato.
Na visão de boa parte da população panelense
Apesar de toda a abordagem otimista sobre educação por parte dos envolvidos na administração do município, o jornal vem acompanhando o que acontece nas escolas, e algumas notícias não são nada animadoras. No distrito de Cruzes as escolas municipais não comportam todos os alunos, devido ao aumento da população. O fato é que a mais de 12 anos não se constrói uma sala de aula, fazendo com que salas improvisadas sirvam de local de ensino.
Segundo os pais dos alunos que estudam nas salas improvisadas, muitos correm risco de se machucar por causa do estado do telhado, do piso e o espaço inadequado dessas salas, banheiros sem condições de uso e, se não fosse o bastante, a merenda é transportada em situações inadequadas. Um dos pais dos alunos disse: “É um risco e um descaso”. A mãe de uma aluna desabafa: “Quando chove, a água invade, e chegam molhados, tudo sujo. Aí a situação. Aí não tem. Um bebedor bom não tem. Papel higiênico não tem”. Abaixo, algumas imagens dessas três salas improvisadas no Distrito de Cruzes:
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Sala de aula da Rua Coronel Melinho pertencente à escola José Benício Filho, localizada ao lado de um bar, a entrada é nesta porta estreita, os alunos estudam nos fundos a ventilação e circulação de ar é prejudicada. |
Outro fato que chocou a população aconteceu no Distrito de São Lázaro, diz respeito ao total descaso com o dinheiro público, onde vários livros foram literalmente jogados, o que é uma afronta às pessoas que pagam seus impostos e exigem que esse dinheiro seja bem gasto.
A escola Municipal José Felizardo, que até o fechamento desta matéria (03/03) encontra-se em reforma e sem aulas, parece-nos que não precisará mais de livros, pois grande parte foi jogada no LIXO e outra parte foi doada à Biblioteca Pública que funciona em uma das salas da escola, o que também nos parece ilegal, visto que a administração da escola não pode doar livros, principalmente para a Biblioteca Pública que recebe verba para aquisição de material. Confira as imagens abaixo do fato que indignou as pessoas da comunidade:
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Imagem do dia 17 de fevereiro, quando os livros estavam jogados em frente a Escola Municipal José Felizardo em São Lázaro. |
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Momento em que os livros são recolhidos pelo carro do lixo em frente a Escola Municipal José Felizardo que já está em reforma. |
No ano em que o Governo Federal adotou o lema “Pátria Educadora“, o Governo Municipal vem desde a eleição de 2012 com o slogan “Compromisso com nossa gente“, mas, não é o que os fatos mostram, pelo menos não na educação, como foi publicado na matéria do Jornal.
Verbas destinadas à Educação em Panelas-PE, o governo federal está repassando:
Educação – FUNDEB – R$ 145.142,80
Encargos Especiais – FUNDEB – R$ 831.458,08
Encargos Especiais – Cota-parte dos Estados e DF do Salário-Educação – R$ 115.678,55
Fonte: Portal da Transparência
Os valores acima são apenas do ano de 2015 até então, destinadas ao executivo municipal. Ainda têm as verbas do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) para as Unidades Executoras (UEs) que todos os anos repassa valores aos conselhos escolares de cada escola.
Em 2014 a Escola Municipal Rui Barbosa e José Benício Filho do distrito de Cruzes receberam respectivamente R$ 15.060,00 e R$ 7.760,00 do PDDE, já a Escola José Felizardo de São Lázaro recebeu R$ 10.721,20, a Escola Joaquim Nabuco (Panelas) recebeu R$ 26.220,00. No total, o Programa Dinheiro Direto na Escola repassou R$ 248.039,28 para as escolas municipais. As informações são do fnde.gov.br.
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