Trechos da Vida de Gregório Lourenço Bezerra, o mais conhecido militante comunista Pernambucano.
Gregório Lourenço Bezerra, nasceu no Municipio de Panelas, localizado na região Agreste do Estado de Pernambucano, Brasil, situado a uns 200 km da Capital, Recife, em 13 de março de 1900. Com a idade de 4 (quatro) anos, começou a trabalhar na lavoura de cana de açucar para ajudar a família; e com 8 (oito), perdeu os pais. O pai, aos sete anos de idade e a mãe aos 9 anos de idade e migrou para o Recife. Tinha vindo para ficar com a família dos fazendeiros com a promessa de estudar, esta promessa que não foi cumprida.
Como a maioria dos migrantes pobres era sem-terra, sem-teto (segundo o próprio Gregório Bezerra, dormiu por muito tempo entre as catatumbas do cemitério de Santo Amaro, no Recife). Gregório era analfabeto até 25 anos de idade. Foi carregador de bagagens na estação Central, jornaleiro e ajudante de obras. Foi como jornaleiro que começou a se interessar pela política, com base na leitura que seus colegas de profissão faziam para ele dos jornais locais. Em 1917, trabalhou como operário da construção civil.
Ainda criança foi para o Recife e somente depois dos vintes e nove anos de idade vai frequentar a escola, se tornou um dos maiores militantes comunistas da Historia. Gregório foi preso, espancado e barbaramente torturado. Por participar dos eventos ligados à insurreição comunista, Gregório foi condenado a 27 anos de prisão. Em 1942 foi transferido para a Ilha Grande. No ano seguinte, quando passou para o presídio Frei Caneca, conheceu Prestes.
O mais conhecido militante comunista pernambucano, Gregório Lourenço Bezerra nascido em Panelas de Miranda como era chamada na época (hoje, Panelas). A primeira das suas muitas prisões ocorreu em 1917, quando participava de uma manifestação de apoio à Revolução Russa. Preso durante cinco anos, decidiu ingressar na carreira militar. Alfabetizou-se aos 25 anos. Foi instrutor da Companhia de Metralhadoras Pesadas na Vila Militar e instrutor de Esportes, no Rio de Janeiro. De volta ao Recife, filiou-se, em 1930, ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Em 1935 no Recife, liderou o levante militar promovido pela Aliança Nacional Libertadora (ALN) , movimento também conhecido como “Intentona Comunista”. Condenado a 28 anos de prisão, foi levado, primeiro para Fernando de Noronha e, depois para o Rio de Janeiro (no Presídio Frei Caneca, dividiu cela com o Ex-Comandante da Coluna Prestes e Secretário Geral do Partido Comunista do Brasil, Luís Carlos Prestes.Com o fim do Estado Novo, foi anistiado e elegeu-se constituinte (depois deputado federal), em 1946, por Pernambuco, na legenda do PCB. Sendo o Deputado Constituinte mais votado do Estado. Teve seu mandato cassado, em 1948, juntamente com todos os parlamentares comunistas. Viveu na clandestinidade por nove anos, organizando núcleos sindicais no Paraná e em Goiás.
Foi preso imediatamente após o golpe militar Brasileiro de 1964, nas terras da usina Pedrosa, próximo a Cortês-PE, pelo capitão Álvaro do Rêgo Barros, quando tentava organizar a resistência armada dos Camponeses ao golpe em apoio ao Governo Federal de João Goulart e Estadual de Miguel Arraes de Alencar. Após a prisão foi transferido para o Recife, onde foi torturado e arrastado pela praça do bairro de Casa Forte pelo tenente-coronel do Exército Brasileiro Darcy Viana Vilock , com uma corda no pescoço, e teve os seus pés imersos em solução de bateria de carro, ficando em carne viva, e este espetáculo foi exibido pelas TVs locais à época do Golpe Militar de 1964.
Gregório Bezerra “Feito de Ferro e de Flor” “Durante o período em que esteve preso, foi levado às ruas de Recife, amarrado com cordas pelo pescoço e arrastado, num espetáculo onde a tortura deveria servir de exemplo para aqueles que pretendessem lutar. Gregório foi quase enforcado publicamente e até hoje, as pessoas que presenciaram o espetáculo macabro, acreditam que ele morreu naquele episódio.”
Gregório apoiou o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e, nessa legenda, candidatou-se, em 1982, à Câmara dos Deputados, ficando como suplente. Morreu em São Paulo, em 21 de outubro de 1983. Gregório Bezerra passou 22 anos de sua vida preso por motivos exclusivamente políticos, comparando-se a Nelson Mandela, que passou 27 anos.
Antes de morrer, Gregório declarou: “Gostaria de ser lembrado como o homem que foi amigo das crianças, dos pobres e excluídos; amado e respeitado pelo povo, pelas massas exploradas e sofridas; odiado e temido pelos capitalistas, sendo considerado o inimigo número um das Ditaduras Fascistas”.
“Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Porém há os que lutam toda a vida. Esses são os imprescindíveis”. (Bertolt Brecht)
Fonte: Perfil do Orkut
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GRANDE GREGÓRIO
Esse é um exemplo de luta e mais luta de um povo guerreiro, na época da Ditadura no Brasil. Ter que lutar por ideais e liberdade de expressão…