Por que sempre esperamos que alguém venha nos salvar?
Qual a lógica dessa terrível “lógica” do “eu acredito!”. Acreditar em uma coisa torna essa coisa verdadeira? Não acreditar em algo faz com que esse algo deixe de existir? Sim, você está em um artigo sobre a política panelense. As questões são apenas para impactar e nos dar uma ideia de como será difícil para todos nós a passagem por um real processo de mudança. Obviamente estou partindo do pressuposto que todos querem uma mudança.
Neste texto não trago nenhuma ideia nova. Na verdade trago ideias e elementos tão antigos que você, caro leitor, ficará surpreso e possivelmente ficará indignado como não conseguiu chegar a essas conclusões antes (se é que já não chegou). O objetivo é justamente trazer meios para que cada um possa refletir e tirar suas próprias conclusões sobre o peso que carregamos. Só assim teremos uma noção de quão encrencados estamos e quais as chances que temos de sair desta com o mínimo possível de dano.
Já percebeu como temos o costume de esperar um salvador? Esperamos as campanhas e festejamos a chegada daquele cara que vai resolver todos os problemas da cidade. Esse cara chega e logo descobrimos que ele não consegue resolver as coisas. Então esperamos que o treinador escolha logo o Neymar porque ele é o cara e vai fazer com que vençamos todos os jogos. Só que ele não faz isso.
“Tem coisas na vida que exigem fé. Tem coisas na vida que exigem ação. E sempre existirão situações que exigirão fé e ação”
Tentando justificar as falhas dessa nossa mania de eleger o grande líder que salvará toda humanidade, criamos a maldita frase: Eu acredito! O problema não é acreditar, mas acreditar e não fazer absolutamente nada para dar certo. Percebeu como sempre estamos jogando a responsabilidade para alguém? Observe o exemplo de Lourinho. Nunca venceu uma eleição, todos que se juntaram com ele perderam e ele acredita que dessa vez vai ganhar. Mais uma vez repito que o problema não é acreditar, mas sim continuar agindo exatamente do mesmo jeito e acreditar que o resultado será diferente. E pior, depois da eleição virá, como sempre vem, com aquele discurso de vítima que abandonará a política etc.
De outro lado o novo candidato da oposição, Rildo Lamartine, pouco conhecido, mas que já cometeu seus primeiros erros na tentativa de se encaixar nas engrenagens da política do município. Parece ser uma boa pessoa, mas lamentavelmente vem repetindo os passos (literalmente) dos que vieram antes dele e caminhando por uma rota já trilhada não tem muita possibilidade de conseguir um resultado diferente. Só tem um jeito de fazer oposição e nem Rildo nem Lourinho está chegando perto de acertar. A derrota é iminente.
“Não espere que alguém entre na política para mudar tudo, mude seu jeito de entrar na política”
Fica evidente que depois de dizer que a oposição sempre perde porque age do mesmo modo, não preciso dizer que a atual direção do município não muda seu modo de agir porque sempre ganha. Se sempre dá certo não há motivo para mudar.
Tem coisas na vida que exigem fé. Tem coisas na vida que exigem ação. E sempre existirão situações que exigirão fé e ação. Não preciso dizer que se você pular de um prédio gritando “eu acredito!” não vai dar certo. Você não vai voar só porque acredita. Assim é a oposição. Assim somos nós acreditando que alguém vai nos salvar do atual desgoverno.
Vou repetir o que disse na ultima campanha eleitoral quando todos diziam que “desta vez Lourinho leva”: Não, a oposição não levará! Não sou nenhum vidente e nem preciso ser para dizer que, se não mudarem a forma de combate que sempre os levaram para derrota, serão derrotados novamente.
“Não são os políticos que vencem ou perdem as eleições. O povo pode vencer ou perder dependendo de quem elege”
Então qual a solução? É claro que se a solução não está em um único salvador, está em cada um de nós trabalhando em equipe. Cada um com suas características próprias, mas agindo em função da coletividade. O indivíduo desenvolvendo suas potencialidades e trazendo isso para dentro de um grupo. Não na esperança de um Neymar para salvar o jogo, mas sim, na colaboração de vários Neymas para fazer com que dê certo. Não espere que alguém entre na política para mudar tudo, mude seu jeito de entrar na política.
Observe como os candidatos agem. Descubra se há um verdadeiro líder neles. Observe se há algum vestígio de força, inspiração, caráter. Força porque precisará dela; as coisas não são tão fáceis quanto parece. Inspiração porque é isso que esperamos sentir de um líder; jamais esperamos sentir pena dele. Caráter porque se não houver isso; não há liderança forte o suficiente para inspirar. Eleja com cuidado o cara do executivo, mas muito cuidado com quem vai colocar no legislativo, pois aquele não pode fazer muito sem a anuência deste. Não são os políticos que vencem ou perdem as eleições. O povo pode vencer ou perder dependendo de quem elege.
“Não permanecer no erro é um dos grandes segredos dos vencedores”
A ideia que disse que não era nova é justamente aquela que os vencedores sempre usam. Não é só acreditar, mas agir enquanto acredita. Não é só sobre vencer ou perder, mas provar para si mesmo que é possível. Não há ninguém capaz de derrotar você sem que você tenha colaborado para isso. Ninguém, absolutamente ninguém vai segurar a sua barra (mesmo que nas eleições pareça o contrário). Problemas existem para mostrar que você não é capaz, e você existe para mostrar que essa ideia está errada. Vote para renovar a política do município, pois não permanecer no erro é um dos grandes segredos dos vencedores.
Coluna Política // Por Pierre Logan
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