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PASSOS FALSOS: muito silêncio pra nada!

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Publicado em 13/06/2016 | Atualizado em 21/02/2022

Pode ser? Pode ser que seja, mas se for será mesmo o que será. De fato nada é o que realmente é, mas pensando que talvez seja podemos nos reservar ao direito de acreditar que é mesmo o que de fato parece. Se você não entendeu absolutamente nada do que foi exposto nas orações anteriores, então, está realmente sóbrio. O que eu fiz foi descrever com mais clareza do que gostaria de admitir a lógica da política panelense. 

Como diria o saudoso Enéas Carneiro: “quando excluímos os semianalfabetos percebemos que sobram apenas os completamente analfabetos”.  De onde tiraram a ideia de que a escolha do atual digestor da cidade interfere na campanha da oposição? Os votos daqueles que estão com a máquina estão garantidos porque a maioria do eleitorado deles é também a maioria dos funcionários. Historicamente o único inimigo real da oposição foi a própria oposição. 

Como poderiam evitar a compra “legal” da necessidade de votar no atual grupo para manter o próprio grupo unido? Evitar não tenho certeza, no entanto, com o Ministério Público falando da necessidade do concurso Público, desenhando que as contratações temporárias seriam de fato ilegais, multando o indivíduo que está digerindo a prefeitura dava para fazer um barulho danado. Barulho adianta? Pergunte a Dilma. As fundamentações do impeachment são tão fraquinhas que dá raiva, mas o barulho…

Mas enquanto o Ministério Público fazia um pouquinho seu papel, Lourinho como o grande líder, o candidato eterno, o cara que nada tem apesar da fama de nada fazer e merecer tudo em troca, nada fazia para provocar a população. Desconfio que ele nunca chama ninguém para o debate porque ele não saberia o que falar num debate. O discurso do “saúde”, “educação para o povo carente”, “calamidade”, “vergonha” não cola mais se vier do Macunaíma. 

A oposição insiste em ser pautada pelo outro lado. Entre meio mundo de desculpas não assumem que estão esperando o grupo da situação divulgar quem será seu verdadeiro candidato para começar a agir. Ainda que o fato de saberem não mude em nada o modo como vão tocar a campanha. 

Se não sabem o que significa informação, como poderiam saber o que é contrainformação?”

Então, malandro como é, Sergio percebe a inação da oposição e joga um nome qualquer para fazer com que a oposição continue andando em círculo. Começam então o debate do “pode ser que seja”. Eles não entendem que o nome “jogado pela situação” não interessa para a campanha deles. Ainda assim continuam conjecturando as informações “vazadas” de dentro do grupo do outro lado. “Será que é?”, “duvido que seja”, “obviamente não é”, “ora, se for…”. Não vou diagnosticar o óbvio, nem focar algo que é patente, mas pensando bem; se não sabem o que significa informação, como poderiam saber o que é contrainformação?

“Quem está com a situação está pela facilidade e não pela competência”

O que eu penso a respeito. Penso que com a oposição calada durante quatro anos, com Lourinho à frente dando uma de líder, com uma oposição facilmente divisível, com falta de qualquer objetivo prático, sem trabalho prestado para mostrar e sem condições de argumentar por falta de preparo, qualquer pessoa que o digestor apoiar ganha. Pode ser alguém conhecido(a) ou desconhecido(a), até porque quem está com a situação está pela facilidade e não pela competência.

Enquanto o santo ano eleitoral faz os milagres do ano das inaugurações e Sérgio Miranda aparece com mais frequência para justificar a antiga falácia dos covardes despreparados do “sempre estive aqui”, o grupo que tinha tudo para dialogar com a população e mostrar os pontos frágeis da administração sergianista está vacilando.  Esquecem da passagem shakespeariana do “estar pronto é tudo” e mergulham nos terrenos incertos do futuro mal planejado, a história mal contada e presente confuso. Pode ser que não sendo entendam que deveriam ser e assumindo que não são o que pensam ser busquem o que realmente são, modificando e se transformando deixando de ser o que são agora para se tornar naquilo que precisamos que sejam.  Eu acredito que se fizermos de um jeito diferente o resultado não pode ser exatamente igual. Caminha-se a passos largos sem saber o caminho e fazem silêncio para convencer o máximo de omissos possível. Nunca vou entender! 

Pierre Logan - Colunista políticaColuna Política // Por Pierre Logan

Formando em direito na FMU, formação em
Filosofia Geral, Fundamentos do Direito Público,
Ciência Política e Teoria Geral do Estado.


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