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O “COISA” MUDA DE LADO E NÃO CONVENCE NINGUÉM

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Publicado em 10/09/2018 | Atualizado em 21/02/2022

Mais uma vez lembramos que “o coisa” foi um termo criado pelo vereador e advogado Edson Rufino quando numa entrevista comigo não conseguiu achar algo que descrevesse precisamente o ex-prefeito do Município de Panelas, Sérgio Miranda (PSB). Comecei a usar porque achei interessante ter saído de maneira tão natural para evitar um xingamento e também porque tentei encontrar um adjetivo para alguém que diz que é engenheiro, mas nunca projetou nada (foi prefeito por 16 anos), não é prefeito, mas fala no lugar da prefeita, usa o tempo de rádio, manda e desmanda como pode e sem cargo público eletivo para representar quem quer que seja. Simplesmente não há definição, por isso surgiu “o coisa”. Algo não definido. A prova foi mais uma vez dada por ele que no dia 05 deste mês foi até a rádio Agreste FM (de Cupira) falar no lugar da prefeita com todos os vereadores calados e olhando o chefe.

No início do trecho da entrevista que conseguimos baixar (clique para assistir), o indivíduo já começa com incoerência. Disse “o coisa”:

“pessoas por uma questão de permanecerem no poder, ou conquistarem o poder, eles se submetem a qualquer questão, eles aceitam qualquer tipo de chantagem, e assumem compromissos que a gente sabe que não poderão serem cumpridos”.

Não escrevi errado, ele erou a concordância mesmo. Ele se referia a Paulo Câmara (PSB), mas tudo isso se encaixa a ele próprio e seus correligionários. Primeiro porque ele se manteve no poder até hoje e, cá entre nós, sabemos como, tanto é que não fez outra coisa da vida.

Aí continua a incoerência, segundo ele:

“Paulo Câmara continua sendo um homem sério, um homem de bem, não estou aqui para falar mal dele”.

Voltemos ao trecho anterior, de quem “o coisa” estava falando quando disse que “algumas pessoas para continuarem no poder, para conquistarem o poder, se submetem a qualquer questão e aceitam qualquer tipo e chantagem”? A Paulo Câmara. Agora pensem; como alguém que se submete a chantagem para se manter no poder e se submete a qualquer coisa para continuar no poder continua sendo um homem de bem? Explica Freud! Lembrando que foram até agora somente 1:16 (um minuto e dezesseis segundos de gravação) e já tempos bobagens para o texto todo. Continuemos.  

Depois de dizer que se criou uma situação muito ‘compricada’ (com esse português mesmo) ele começou a errar a cronologia dos fatos. Disse o “coisa”:

 “Depois que Eduardo Campos faleceu ele (Paulo Câmara) teve dificuldade para exercer liderança”.

Calma aê, coroné, Eduardo Campos se acidentou antes da eleição, portanto, se ele ganhou a eleição foi porque exerceu alguma liderança e conseguiu se eleger, ainda que explorando a morte do saudoso presidenciável. Depois ele disse que o Paulo Câmara cuidou da questão da água, mas sabemos que se omitiu quanto a barragem São Sebastião, que o povo carregou água, passou necessidade e que o parecer jurídico que impediu a restauração da barragem foi pedido por Sérgio e confirmou que a obrigação era do governador de Estado. Lembrando que a promessa da adutora veio do governo Eduardo Campos e não do Paulo Câmara. Lembram? O Caminhão até apareceu com os canos no dia em que os próprios sergianistas culparam Eduardo Campos com faixas e protestos na BR.

Depois ele disse que uma das negociatas de Paulo Câmara foi a constituição da própria chapa:

“(…) feita na calada da noite, com um grupinho reduzido de pessoas que não entendem de política, sem conversar com os prefeitos”.

Parece um discurso normal, mas não é. Porque quando ele anunciou a chapa (apoiando Paulo Câmara para governador) ele já sabia das opções e das negociatas do candidato. Sabia porque eu mesmo publiquei artigo sobre a incoerência. E demoraram tanto assim para “virar a casaca?”

Depois ele diz que não quer entrar nas questões pessoais de Luciana Santos, mas em seguida diz que a gente:

“sabe que Luciana Santos é uma pessoa…” (pronto, daí para frente é impossível não caracterizar de maneira pessoal, mas para salientar ainda mais a sua estúpida incoerência) ele fala que ela tem:

“sérios problemas com bebida e outras questões”.

Está tudo no vídeo. Para quem não ia falar de questões pessoais… enfim, ele começa a se perder e quando começa a dar aqueles falsetes, você já sabe…

Ele errou mais uma vez a cronologia dos fatos dizendo que houveram acidentes mortais na estrada que liga Panelas à Jurema por conta dos buracos e procuraram o governador e ele “nada”. Lembrando que quando fizemos a denúncia das mortes nessa estrada eles ainda apoiavam Paulo Câmara, ficaram calados e não fizeram nenhum pronunciamento oficial sobre as mortes. Naquela época o foco era defender o governador, que agora eles assumem que estava errado. Se alguém está errado, matando gente por negligência e o sergianismo afirma que defendeu esse alguém, então, foi cumplice das mortes. Só taparam os buracos porque nós denunciamos.

O engraçado é que quando ele diz que colocou tal posicionamento em votação (observem no vídeo – minutos 6:42) as pessoas abaixam a cabeça. Aparentemente ninguém concorda. Depois disso ele começa um longo discurso (enquanto Joelma Duarte – a única pessoa que deveria estar falando fica em silêncio, calada, omissa, quietinha). No seu vômito discursivo ele diz que teve participação na administração de Eduardo, mas com Paulo Câmara não teve e essa foi uma das razões de ele (o atual governador) não merecer ser reeleito, mudou o posicionamento que teve no começo da mesma entrevista, quando disse que Paulo ajudou na questão hídrica. Mas até semana passada estava apoiando o governador. O que houve? Só percebeu agora que ele fez um mal governo ou que não governou com as prefeituras? Afinal, foi um governo ruim ou foi pelos acordos que romperam, coroné? Decida-se homem! Coerente sou eu que passei quatro anos dizendo que o governo dele foi ruim, nunca o apoiei e continuo dizendo a mesma coisa. Alguém que muda de uma hora para outra com um argumento pobre, fétido e medíocre não tem estrutura moral para falar de coerência.

Depois ele pede desculpas a Genilson Lucena (PSB), o presidente da Câmera e a Joelma Duarte (PSB) a prefeita do município por não ter dado tempo de eles falarem. É muito palhaço para um circo só. Alguém que não é nada, não tem nenhuma função ou representatividade tem todo o tempo de falar enquanto os verdadeiros representantes ficam como figuras secundárias e o pior; aceitam a humilhação. Resta saber com qual dinheiro o tempo de rádio foi pago. Porque se foi com o dinheiro público, temos mais um problema jurídico. E para concluir, essa mesma turma (na voz do “coisa”) diz que quer moralizar a política.

Nada do que foi dito aqui foi inventado. Fiz apenas uma análise do vídeo que postamos no YouTube e disponibilizamos para quem queira conferir. O desgoverno panelense contínua desrespeitando e tratando o povo como se fosse burro. Contínua promovendo uma política do atraso, onde um ex-prefeito se gaba de não ter nenhum contrato, mas mantém seus filhos trabalhando na prefeitura, onde a prefeita é meramente decorativa e até mesmo o legislativo se mostra aparelhado. Onde pessoas fazem um concurso que aguardavam há vinte anos e a prefeitura escolhe a banca, o consórcio e para atrasar tudo, processa a banca e o consórcio que ela mesmo escolheu. Desrespeitando as pessoas que com muito sacrifício estudaram, se deslocaram e têm direitos constitucionalmente garantidos.

Direitos esses que a prefeitura não respeita, pois trata contratações temporárias como se fossem efetivas. Porque em Panelas “nada é mais definitivo que o provisório”. O município de Panelas está afundado na ignorância, na mentira, no atraso, na miséria criada, alimentada, sustentada e por essa ideologia, por esse modelo, esse sistema doente chamado de sergianismo. 

Coluna Política // Por Pierre Logan

Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Pós-graduando em Direito Processual Civil pela mesma Instituição de Ensino. Filósofo e licenciando em filosofia. Membro do Seminário de Filosofia – Olavo de Carvalho. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente também é comentarista político na Trianon AM 740 e colunista do Jornal SP em notícias. Contato: [email protected] ou [email protected]



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