Publicado em 24/09/2018 | Atualizado em 21/02/2022
A onda Bolsonaro trouxe consigo muitas pessoas bem-intencionadas, pessoas que de fato estão cansadas da corrupção institucionalizada e do politicamente correto. Trouxe pessoas que querem só votar em algo diferente, outras que acreditam de coração e mente que o Bolsonaro é a mudança e pode salvar o país do poço de atraso que o grupo que desgovernou o país nos colocou. A onda acabou trazendo também conservadores extremos e mais moderados, liberais clássicos e até tirou a famosa direita de dentro do armário. E como nem tudo é perfeito, trouxe um bando de gente idiota que não tem a mínima noção do que está acontecendo. Daí surge a necessidade de se deixar claro que “não basta concordar ou discordar de alguém, tem que concordar ou discordar pelos motivos certos”. Panelas é um exemplo claro desse tipo de estupidez. Como se qualquer um do grupo que desgoverna a cidade tivesse o mínimo de moral para falar em ‘moralidade’.
Trocam de lado por um tipo de “fidelidade ao grupo”. O que nada mais é que um jeito de dizer que andam em bando e não importa o que seus lideres façam, eles seguirão arrombando a previdência municipal, tratando contratos temporários como se fossem concursados e atrapalhando a vida dos que realmente se esforçaram para serem aprovados. São incapazes de observar a realidade e compreenderem essa realidade racionalmente ou até mesmo empiricamente, porque o atraso e a miséria estão despencando sobre o povo todo dia e eles não percebem. Vivem numa caverna tão profunda e tão longe do mundo real que nenhuma luz seria capaz de produzir alguma sombra nas paredes, esses seres agrilhoados estão na completa escuridão e se guiando só pelos sons das vozes de outros indivíduos que também estão dentro da caverna. É algo tão surreal que Platão acharia demais para qualquer impressão causada no mundo sensível. O sergianismo vive a ilusão, da ilusão, da ilusão, da ilusão e doido é quem diz o contrário. No caso; eu.
Para enganar a população, utiliza-se um tipo de construção discursiva muito simples. É um sofisma muito usado pela mídia. Se expões argumentos com informações verdadeiras e depois se faz uma conclusão totalmente falsa. Isso faz com que, por exemplo, um ex-prefeito que foi condenado por burlar licitação, teve recomendação de rejeição de contas, aterrou o açude, não resolveu o problema da seca, burlou o concurso público durante quase vinte anos, arrombou a previdência municipal, usurpou o executivo falando e conduzindo o discurso como se prefeito ainda fosse, use um discurso estúpido, cite dois ou três motivos e no final diga que seu candidato é honesto. Pronto! A população sergianista inteira conclui que apoiando um candidato presidencial honesto, o ex-prefeito também é alguém honesto. Esquecendo que a prefeitura de Panelas também estava na lista das prefeituras investigadas pela operação Cosa Nostra, da Polícia Federal.
Coluna Política // Por Pierre Logan
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