Publicado em 10/12/2018 | Atualizado em 21/02/2022
A conversa entre pessoas de pensamentos divergentes na nossa cidade está cada vez mais difícil. Não somente porque muitos que se orgulham da educação panelense não sabem ler nem escrever, mas também porque alguns não conseguem fazer uma leitura básica da realidade (ou da mentira que vivem). O exemplo máximo da falência da educação do nosso povo não é o fato de termos simplesmente ignorado que a alternância de poder é necessária, mas por termos escolhido para nos governar uma prefeita que não sabe falar. Entender o raciocínio dela então é quase impossível. Nada disso importaria, se ela não fosse licenciada em letras, inglês pela UPE, especializada em psicopedagogia pela FATIM.
Os vereadores panelenses são outro desastre. Não estou dizendo que inteligência é a mesma coisa que escolarização e nem que formação torne alguém melhor ou pior, mas quando elegemos alguém, estamos dizendo que aquela pessoa representa o nosso melhor, que nós somos representados por aquelas figuras. Isso mostra que a nossa imagem está demasiadamente ruim.
Lembram quando o TCE recomendou a rejeição das contas do ex-prefeito Sérgio Miranda? Os vereadores tentaram repetir as palavras de algum advogado para não fazer feio, mas tudo o que conseguiam dizer: “é que houve um parecer”., conversaram com os advogados ou que “o grupo” decidiu. O problema é que depois que se elege não existe mais essa de “grupo”. Quem ganha a eleição está ali para representar oposição e situação, quem votou e quem não votou nele. Impossível explicar isso para os vereadores sergianistas. São idiotas úteis eleitos e prontos para repetir as palavras que mandarem repetir.
Outra lembrança que é importante comentar aqui é aquela em que o atual presidente da casa, Genilson Lucena, logo no início do seu mandato organizou um documento para organizar a barragem, desassorear tudo e deu para todos os vereadores assinarem (todos assinaram, inclusive, a prefeita) e depois Sérgio Miranda (com inveja, provavelmente) mandou parar as obras. Em vez de nossos representantes provarem que tinham colhões (menos Joelma) eles provaram que não conseguem raciocinar nem num assunto básico do básico do básico. A desculpa mais que esfarrapada do coroné foi de que o TCE rejeitaria as contas da prefeita. O grande problema nesse argumento é que qualquer energúmeno sabe que o TCE não rejeita contas (se fosse o caso todas as contas do ex-prefeito teriam sido rejeitadas porque os pareceres geralmente chegam nesse sentido), quem rejeita as contas (ou não) são os vereadores e não o Tribunal de Contas (por mais absurdo que possa parecer). Logo, não haveria preocupação com isso porque os próprios vereadores assinaram o documento. Mas pensaram em argumentar contra o coroné? Não! Simplesmente porque não pensam.
Os eleitores sergianistas são, na maioria dos casos, outras criaturas desprovidas de opinião própria, ou pior; acham que tudo depende da opinião deles e que o mero fato de poderem opinar sobre alguma coisa, já muda a realidade. A chuva deixa de cair para baixo se eles acharem que cai para cima e por aí vai. Eles não enxergam as contas com parecer de rejeição (acham que não existem), acham que não há rombo no Panelas PREV (mesmo a própria prefeitura pedindo para parcelar o rombo), não houve fraude em licitação no governo de Sérgio (mesmo o processo estando disponível para uma pesquisa até no Google. Na opinião deles os contratos declarados ilegais pelo TCE não são ilegais e que eles não são cúmplices de um desgoverno que recebe mais de 73 milhões e diz que está sem verba.
Apoiam tudo o que aqueles que mandam nos bolsos deles dizem. Imploram por um contrato que não rende nenhum direito, nem uma assinatura na carteira de trabalho, a maioria tem sua voz e seu direito de divergir castrado, mas o que importa é a contratação e o dinheirinho para não passar necessidade porque Panelas é o começo, o meio e o fim do mundo. Para eles, o fim do mundo é na divisa do agreste. Não conseguem fazer a leitura da realidade e por isso vivem uma mentira. É o fundo, do buraco do fundo da caverna. Algo que Platão não pensou. Regime político que muitas localidades já superaram e que outras tantas ainda afundaram o que não torna nem nosso município especial, mas mais um na lista dos que vivem no coronelismo e na ignorância das presilhas dos cabrestos mais medievais que não mais deveriam existir.
A maioria ainda, ascende a tela do celular, ou faz sua ligação ou agradece por sua escola integral, sem imaginar que o celular só chegou em Panelas quando Sérgio saiu, que a internet também e que escola integral nunca pensou em parar em Panelas quando esse ex-prefeito governava. Tudo o que veio de avanço e evolução tecnológica para nossa cidade, veio no governo de Fred Moreira Lima. Tudo o que o atual chefe da prefeita fez foi mentir, enganar e inventar que “o município não tem celular por causa das serras, porque é baixo, porque bla, blá, blá”. O coroné vivia num plano tão arcaico que não sabia, pelo jeito, nem da existência das antenas.
Os representantes dos panelenses, com raras exceções, são incapazes de pensar, de caminhar e de agir pela sua própria vontade. São títeres ricos apenas de dinheiro. Não se imagina Denival analisando algum documento, nem Zé Julio lendo a lei, nem Deço argumentando contra os técnicos do TCE, mas acredite que acontece. E contra todos os técnicos, juízes, juristas, advogados mais preparados, levantam-se os vereadores analfabetos de Panelas para contestar e dizer com toda humildade: “nós, representantes do povo de Panelas, que nunca passamos na porta de uma sala de aula (ou que passamos, mas não aprendemos nada) sabemos mais do que vocês, doutores da lei”. Ponto. É o achismo que fundamenta tudo. É o paroxismo da cafajestagem, da linguagem tacanha e da filosofia sergianista. A voz que anda vencendo é dos calhordas, incautos e medíocres que sempre salientam e fazem a apoteose dos estúpidos que governam ou desgovernam a cidade.
Coluna Política // Por Pierre Logan
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo e licenciando em filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Membro do Seminário de Filosofia – Olavo de Carvalho e da Jovem Advocacia de São Paulo. Compositor, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente também é comentarista político na Trianon AM 740 e colunista do Jornal SP em notícias.
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