Publicado em 13/05/2019 | Atualizado em 21/02/2022
Não falta quem reclame do baixíssimo nível dos políticos eleitos do nosso país. Quando saímos de Brasília e olhamos para os municípios o negócio fica ainda pior. Panelas é um exemplo disso. Observe a nossa prefeita eleita, Joelma Duarte (PSB). Não há dúvida de que o diploma dessa senhora não vale mais do que o que o gato enterra na areia. Observemos o nível dos vereadores. Tomemos como exemplo o vereador Deço que não sabia que podia fazer uma das principais funções de um vereador, apresentar projeto. Você pode dizer que ele é um cara humilde, mas não estamos tratamos de humildade, ele simplesmente não poderia agir de uma maneira diferente. Ele é um ignorante mesmo.
Muitos dos vereadores que estão hoje por aí eram vereadores quando eu saí de Panelas há dez anos. Hoje sou bacharel em direito, licenciado em filosofia e advogado, trabalhei como um desgraçado para poder estudar, enquanto eles recebiam seus salários de mais de R$ 7.000,00 (sete mil reais) e não conseguiram estudar? Não, caros conterrâneos. São idiotas. Ponto!
Eu poderia dizer a mesma coisa de outros políticos, mas fiquemos apenas com esses. Digamos que nosso exemplo será por amostragem. O fato é que temos políticos cujo nivelamento só é possível se for por baixo. Não há possibilidade nenhuma de alguém que entenda o mínimo de qualquer coisa referente a administração pública manter uma conversa minimamente descente. Os políticos simplesmente não sabem. Nunca se prepararam para o debate verdadeiro. Não estudaram sequer o mínimo necessário para se começar uma conversa. Sempre que abrem a boca repetem chavões, frases feitas, asneiras retóricas que de tão repetidas, tornaram-se clichês dos mais tacanhas. Reptem “nosso grupo político isso”, “para ajudar o povo”, “população mais carente”, “junto com os amigos”, “com seriedade” blá, blá, blá. Quando eles encontram alguém que sabe de fato espremer é que se nota que se juntar todos não se consegue um caldo.
Todas as afirmações anteriores não são ilações infundadas, são fatos confirmados em diversas manifestações dos próprios politiqueiros municipais e também em embates que tive com os mesmos. Basta entrar no Google, no You Tube e pode constatar o ocorrido. Por que eu fiz isso? Fiz apenas para mostrar que nossos representantes são fracos, carentes de conteúdo, são meros títeres de outro politiqueiro igualmente incapaz. É preciso explicar para o cidadão o óbvio. A “Excelência” pertence ao cargo e não às pessoas que detêm o cargo, portanto, é necessário que os indivíduos se adequem, se melhorem, busquem conhecimento técnico e jurídico para o devido nivelamento pessoa/cargo. O que ocorre é que eles sempre apelam para assessoria. “Temos diversos advogados”, “Temos assessoria jurídica na Câmara”, “Temos que consultar” etc., nada contra nenhum tipo de consulta, quem não sabe, quem não estudou, quem não tem conhecimento de uma determinada área, tem mais é que perguntar a profissionais daquela área mesmo. Acho até que nossos representantes deveriam ter uma assessoria moral. O grande problema é que muitas vezes (ou todas) até mesmo quem assessora é cargo comissionado e, na maioria dos casos, incapazes de auxiliar quem quer que seja. Advogado, procurador etc., esses também devem submissão ao certame do concurso público.
O que resta é elevar o debate para um nível mais alto. Somente a população é capaz de realizar tal proeza. O problema é que a própria população está inclinada ao desconhecimento ou desinteresse da política. Não buscam o básico de conhecimento sobre a cidade. Costumam procurar saber algo somente quando existe um interesse particular envolvido. Esse tipo de comportamento precisa mudar urgentemente.
O cálculo é o de sempre; para escolhermos políticos precisamos não só consultar o povo, precisamos escolher políticos que estão no meio do povo. Todos concordamos que nenhum alienígena desce até a terra para se candidatar. Políticos são pessoas de dentro da própria sociedade. Se a sociedade é construída por um sistema moral sólido, com posições muito bem definidas tanto no sentido de proposição quando em análise crítica de determinadas posturas, a tendência é que dentre as pessoas da sociedade seja bem mais fácil encontrar pessoas com perfis adequados para representar aquela sociedade.
Por mais que não queiramos admitir, os políticos são de fato a imagem do seu povo. Quando elegemos pessoas para nos representar, elegemos porque elas são de fato o que nós somos ou, pelo menos, como queremos que os outros nos vejam. Se elegemos pessoas incapazes, analfabetas, idiotas, completamente obtusas, simplesmente estamos dizendo: “isso é o que temos de melhor!” ou “Esse são os que representam a imagem, o conteúdo e a capacidade de nosso povo”. Quando a população começar a pensar desse jeito é que podemos dizer que elevamos a política panelense e agora estamos em outro nível.
Coluna Política // Por Pierre LoganAdvogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo e licenciando em filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Membro do Seminário de Filosofia – Olavo de Carvalho e da Jovem Advocacia de São Paulo. Compositor e intérprete, gravou no final de 2015 o disco Crônicas de Um Mundo Moderno. Atualmente faz parte do Sindicato dos Compositores e intérpretes do Estado de São Paulo, também é comentarista político na Trianon AM 740 e colunista do Jornal SP em notícias.
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