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O SERGIANISMO E O RELATIVISMO MORAL

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Publicado em 23/09/2019 | Atualizado em 21/02/2022

Poucas coisas me irritam mais do que quando me chamam de “oposição”. Minha vontade é de devolver a ofensa chamando meu interlocutor de “criminoso”. Ora, se eu defendo cumprimento da lei e sou oposição a eles, então, eles defendem o não cumprimento da lei, logo são criminosos. Esse seria o raciocínio se eu entrasse nesse maniqueísmo barato de “ou oposição ou situação”, mas a ideia que pretendo propagar é que os políticos são representante da vontade do povo e eleição é entrevista de emprego. Seguindo essa linha, os professores devem apoiar Genilson Lucena, pois apoiá-lo é apoiar também o reajuste do piso salarial e o rateio do FUNDEF, dessa forma os concursados deveriam apoiar quem fosse favorável a homologação do concurso etc. Em outras palavras, devemos pautar ideias e defender valores, depois disso votar em quem represente esses pontos.

Com o sergianismo, em Panelas, funciona diferente. Para seguir essa ideologia é necessário negar a própria realidade (que é o primeiro sinal de loucura), abdicar-se de ter ideias próprias e seguir um líder que burla licitação, não faz concurso público, não segue a constituição, não rateia o FUNDEF, não repassa valores para educação, enfim, entrega sua liberdade em troca de um contrato na prefeitura. Quem defende o sergianismo vive dentro de uma bolha autoritária, demagoga e anticristã.
Sergianistas são os seguidores de um político que mente até sobre sua própria religião (ele é espírita, mas se diz cristão), que ocupa constantemente o lugar de fala da prefeita e que quer fazer a população engolir que ele ofende sem ofender, denigre sem denegrir, engana sem enganar e que é inteligente sem ser. Seus fiéis seguidores, a turma do “segue o líder”, grande parte com o nome registrado na lista de contratações ilegais do Tribunal de contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) discordariam de mim, mas infelizmente para eles isso não é uma questão subjetiva. São fatos.
O relativismo moral dessa gente não somente beira o absurdo, ele caminha por sua borda e mergulha fundo dentro dele. Isso fica claro numa das entrevistas em que o ex-prefeito de Panelas, ex-secretário e recentemente empossado secretário, confessou que viola a lei para combater o crime, o que é uma contradição tendo em vista que o criminoso só é criminoso porque viola a lei.
Outra relativização são as ofensas, chamar pessoas da oposição de hienas (porque comem merda, fazem sexo de seis em seis meses e vivem rindo) não é considerado uma ofensa pelo atual secretário, mas rejeitar contas com parecer de rejeição é uma ofensa extremamente pessoal e uma traição. A lógica passa longe.
Os vereadores que apoiam a ilegalidade Denival, Ezequias, Joelmo, Zé Julio, Quiterinha, Weliton, julgaram contra o parecer técnico, portanto, julgaram politicamente e apelaram para o favorecimento de um político ruim e foram chamados de “pessoas leais”. Emquanto Clóvis, Décio, Everaldo, Edson Rufino e Genilson Lucena, que seguiram a lei e agiram corretamente foram chamados de traídores. O errado virou certo e o certo virou errado. Daí para frente começou o deboche dos que apoiaram as irregularidades confessadas, inclusive, pela equipe do desgoverno municipal.
Cinismo da pior qualidade, imoralidade do tipo mais baixo e injustiça das grandes. Depois da rejeição das contas, pessoas confundiram um péssimo administrador com o próprio Deus. Começaram a chamá-lo de “Líder”, “Rei”, Ele”, desse jeito, com iniciais maiúsculas, ainda que com palavras no meio da frase, eles consciente ou inconscientemente confundem o ex-prefeito com alguma figura divina.
A prova é tanta que negam a realidade, mentem descaradamente. Verdade que todo mundo sabe e mesmo assim nega: Joelma Duarte não é prefeita de fato, ela não apita nada e quem manda é o ex-prefeito. Em um comportamento hipócrita e completamente anticristão (porque cristo pregava a verdade, ainda que não conveniente) todos os funcionários sergianistas aceitam a mentira como verdade e falseiam a realidade concreta. É um verdadeiro processo de enlouquecimento. O ex-prefeito conseguiu transformar quase todos os seus seguidores em cúmplices.




Coluna Política // Por Pierre Logan é
Advogado, Bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Formado em Filosofia, é licenciado pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduando em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Filósofo. Membro do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil e  Jovem Advocacia de São Paulo. 



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