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A volta dos deputados: uma política conveniente

Publicado em 22/09/2014 | Atualizado em 21/02/2022

É comum em períodos eleitorais lembrarmos que os deputados existem. É comum em período eleitoral eles aparecerem nas fotos com todas aquelas pessoas que, pelo sorriso tão repetitivo e tão comum quanto os motivos que os trazem até as cidades do interior, demonstram que eles não sabem nada daquele cara que, supostamente, votam porque é melhor. Depois de ler esse texto, aconselho que pergunte a qualquer pessoa que tente colar um adesivo em seu peito: “Para que serve um deputado? O que um deputado faz?”.
Esses dias eu conversava com um amigo jornalista e falávamos justamente de ciência política e as chatices das aulas de teoria geral do Estado. Um cidadão com cara de pastor evangélico nos parou e disse: “vocês já têm candidato a deputado?”. Meu amigo estava prestes a fazer o que toda pessoa inteligente faria, concordar com tudo para aquele indivíduo parasse de falar. Decidi ir por outro caminho (só dessa vez) e disse que não tinha candidato, mas que votaria no candidato dele se me respondesse três questões muito simples sobre o cargo em questão. O cidadão ficou meio confuso com meus modos e meu vocabulário Shakespeariano (proposital), mas aceitou.
Lá estava eu dando uma de Esfinge, em Édipo Rei de Sófocles (decifra-me ou te devoro). Então, perguntei: Para que serve um deputado, quais as três principais funções de um deputado e, segundo a bíblia, porque Deus criou os homens? (essa ultima foi covardia, mas se ele acertasse tudo eu teria que cumprir minha palavra e não podia correr o risco). O cidadão engasgou, sorriu, brincou, dissimulou e finalmente assumiu que não sabia. Para consola-lo sorrimos e dissemos que não se preocupasse, pois muitos deputados também não sabem.
Abram as cortinas, caros leitores, pois agora entram, no cenário, todos aqueles personagens desconhecidos da política da esfera Estadual. Desde os que disseram que enviaram carros-pipas, para a época da seca, aos que não disseram nada além do antigo e cansativo discurso do “vamos fazer”, “estamos fazendo”, “é preciso fazer” e como se esquecer do uníssono de todos os candidatos que é o “confie em mim”?! A verdade é que dentre todas as funções que competem a um deputado, alugar carro-pipa e prometer não estão entre elas.
Quem é o deputado? Esse cidadão é o cara que foi eleito pelo povo para representá-lo no Parlamento e, em tese, o povo confia plenamente nas decisões desse sujeito (seja lá qual o assunto). O Deputado deve: Legislar, propor leis que sejam de interesse da população, emendar, alterar ou revogar leis Estaduais, fiscalizar o poder executivo e representar os “milhões” de cidadãos de seu Estado, criar Comissões Parlamentares de inquérito e outras coisas, mas já deu para entender que não tem nada a ver com desaparecer durante quatro anos e só “dar as caras”, milagrosamente, em época de campanha eleitoral.
Uma coisa que quase não vemos são ações propositivas. É tão difícil ver alguém preocupado com essa questão que o conceito é difícil de achar até no Google. Não sei se os deputados sabem, mas a estrutura que eles têm como gasolina, carro, salário alto e um número excessivo de privilégio não é só para tentar a reeleição. Você deve estar pensando: “Ué, mas qualquer retardado que tiver à sua disposição um salário absurdo, gasolina, carro e tantos privilégios, durante quatro anos, conseguiria se reeleger sem muito esforço. Basta trabalhar”. Pois é, só os mais ou menos retardados conseguem fazer isso, os puramente retardados nos enchem o saco com suas fotos ridículas, seus discursos vazios e a tentativa inútil de nos fazer acreditar que nos representam.
Agora que sabemos o que um deputado deveria fazer, cabe aos “politizados por conveniência” deixar de colocar fotos nas portas, parar de jogar lixo eleitoral na rua, assumir que realmente não acompanhou o candidato durante quatro anos e parar de ser ridículo, mostrando que aprendeu alguma coisa na escola e começar a juntar o máximo de provas documentais das propostas e promessas que foram feitas. Fazer propostas para os deputados e fazer com que assinem um termo de compromisso, assumindo a responsabilidade de lutar por determinadas questões perante toda comunidade. Ainda dá tempo de fazermos isso e tomara que façamos antes que surja a pergunta: “para que serve um cidadão?” e a resposta nos desagrade profundamente.

Por Pierre Logan

Confira agora os apoios para deputado nas eleições 2014 de líderes dos principais grupos políticos em Panelas-PE:

Esses são as escolhas para Deputado de: Fred (ex-prefeito), Lourinho (oposição) e Sérgio Miranda (prefeito) em Panelas-PE
As escolhas para Deputado de: Fred (ex-prefeito), Lourinho (oposição) e Sérgio Miranda (prefeito) em Panelas-PE.
Caso sejam eleitos ou reeleitos, os candidatos acima serão a representação parlamentar da população pernambucana e obviamente de Panelas, votando ou não, portanto, guarde-os na memoria e exijam prestação de serviços para com o município.


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1 comentário em “A volta dos deputados: uma política conveniente”

  1. Tremendamente complicado é descobrir a definição do que um deputado deveria fazer, aliais, difícil ver algum debutado tentando fazer o que deveria. Mas há algo em que você falou que me pareceu interessante. Se quiserem meu voto, vou obrigar a assinar algum documento, dizendo que vai dar preferência ao que eu quero. Só assim ele poderia ser considerado por mim, como alguém que me representa.

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