É nessas horas que você sente vontade de começar o texto com um palavrão, mas se contenta com uma frase que diz que “os políticos não conhecem nem o ódio, nem o amor. São conduzidos pelo interesse e não pelo sentimento”. Não pense que isso foi dito por um cara que não gosta de políticos e contenta-se em falar mal. Essa frase foi dita por Philip Dormer Stanhope, acredite ou não, um escritor e político.
Você deve ter pensado que não faria sentido substituir um palavrão por uma frase feita, no entanto, tente pensar que o palavrão agride somente aos ouvidos e os bons costumes, já a citação vai direto ao ponto “x” e acerta bem no coração do individuo. O que não é grande coisa, pois a única parte que ainda dói nos agentes políticos é o bolso.
Para justificar a vontade de dizer um palavrão, da frase e o título do artigo, deixe-me perguntar se você tem visto alguns daqueles candidatos que apareceram e disseram que “vamos ajudar a população”, ou “desenvolver nossa região”, ou disseram que “a educação e saúde, bem como a profissionalização e a geração de empregos eram prioridades”. E aí, tem visto? Algum passou na sua casa para agradecer e dizer que agora que eleito vai aparecer mais vezes? Postaram algum recado no facebook (os reeleitos) dizendo que vão “continuar” fazendo jus ao salário que pagamos?
Alguém aí viu Fred ou fotos de algum retardado distribuindo leite esse mês? Será que eles fazem e não divulgam fora de campanha eleitoral, ou não fazem fora de campanha e esperam o período eleitoral começar para fazer e posar para as fotos?
Será que está dentro da normalidade prefeitos de algumas cidades fixarem residência a centenas de quilômetros de onde, em tese, deveriam “governar”? Será que o atual gestor do município de Panelas está frequentando seu gabinete regularmente? Não que eu queria discutir o assunto, mas as más línguas já começaram a falar e do jeito que falam parece até que os políticos só aparecem em campanhas eleitorais.
Na verdade os políticos invisíveis estão muito ocupados com alguma coisa que não sabemos o que é. Deve ser suas próprias vidas. Acredite se quiser, mas eles têm suas próprias vidas e se preocupam com a educação, a saúde e a segurança dos seus próprios filhos. Acredite ou não eles estão, nesse momento, em algum lugar pensando que um dia terão que voltar para convencer vocês de que sempre estiveram presentes.
Agora eles não querem os holofotes. A imprensa irrita às vezes, mas quando começar a campanha eleitoral vão brigar por cada segundo de rádio ou televisão. Uns dizem que “Fred não quer mais saber de política”, entretanto, não é a primeira vez que ele dá a mesma desculpa e sempre reaparece com aquele discurso do “sempre estive pensando no povo”. Conversa para boi dormir.
O pior não é o que perde, vai embora e nunca mais aparece até chegar a hora de mendigar votos. O pior é aquele que vence, vai embora e só volta quando lhe convém. O pior é aquele que recebe um salário bem maior do que o ano inteiro de um professor e não trabalha nem um terço do que um professor trabalha numa semana.
O pior é que os trabalhadores se acham invisíveis, com “direitos invisíveis” e não querem aparecer para não pagarem o pato, mas, ainda assim, no final, quem paga tudo mesmo é o povo.
Não vou escrever nenhum palavrão por respeito aos bons costumes porque, respeito mesmo, só para quem merece e não para quem só tem interesse.
“O pior não é o que perde, vai embora e nunca mais aparece até chegar a hora de mendigar votos. O pior é aquele que vence, vai embora e só volta quando lhe convém.”
Por Pierre Logan
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Eu tinha a impressão que eles só assumiam o posto conquistado, depois do carnaval. Nunca na verdade me ative as datas. Porem esse ano está diferente, ando mais chata. E vi que eles trocam os bastões, tão logo o ano começa, pelo menos a presidente. Sinceramente, eu já perdi um monte de vista. Desaparecem muito fácil esses caras. Estou procurando notícias, mas não encontro nada. Devem ter tirado umas férias, ser eleito deve ser cansativo.