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O que há de podre na política de Panelas

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“Elegemos quase sempre os mesmos e quase nunca nos questionamos porque a realidade não muda”
Há algo de podre na política panelense. Não é de hoje que reclamo da postura de alguns vereadores e de suas constantes gafes na tribuna, na Câmara ou mesmo na rua, como certo vereador que alegou ter faltado por estar doente, no entanto foi visto (e fotografado) em uma festinha a poucos metros da câmara. A maioria dos representantes chegaram a ver, mas ninguém associou doença, festa e desculpa, com a reunião. Honestamente, quando eu encontrar um político de Panelas (mesmo que não eleito) que consiga associar causa e consequência, terei um orgasmo.
Sabemos que a mudança de um governo não é a mudança de uma estrutura. Infelizmente temos que encarar o sistema político com certa desconfiança e fazer do universo político um território que visitamos com mais frequência que a novela das oito. Digo “infelizmente” porque além de carregar o país ou a cidade nas costas e trabalhar praticamente seis meses só para pagar impostos, temos que tirar um tempinho para vigiar as crianças que por alguma razão decidiram ingressar na carreira política antes de aprender a usar privada.
Edson Rufino (PT) que a meu ver é o único vereador que tem as qualidades essenciais para ser um vereador já anunciou que encerrará sua carreira política. Já o vereador menos capacitado do município, Mica (PP), falou diversas vezes em público que é pré-candidato a prefeito. É muita pretensão para quem não aprendeu sequer a vestir-se adequadamente e quebrou o decoro em muitas reuniões. Mas o presidente da Casa, em vez de aplicar-lhe uma sanção preparou um banho-maria e “levou na esportiva” colocando a disposição dos vereadores uma circular interna onde obriga “alguns” vereadores (para não dizer Mica) a fazer o óbvio.
Sempre pode piorar. Juacir Alves (PTB) reduziu ainda mais o respeito que tinha por ele quando, ou não leu ou leu e não entendeu o que foi dito sobre sua postura no meu ultimo artigo. O que ocupou minha cabeça por alguns segundos foi: como alguém que não consegue entender alguns parágrafos simples pode representar uma população e criar leis que beneficie a cidade de alguma forma? Não pode. Simples assim.
Não há desculpas para o despreparo que vemos hoje em quem nos representa. Alguns vereadores estão “não fazendo nada” há mais de uma década e outros, como Juacir, três anos hibernando e em absoluta complacência com o que o governo atual fez com Panelas, mas que agora por uma obra de Deus e por força das eleições do ano que vem acordou e decidiu fazer o que já deveria ter feito.
Se o problema fosse só Mica ou Juacir seria o mínimo. O atual presidente da câmara não só foi fraco quando não aplicou uma sanção aos que quebraram o regimento, como já quebrou o regimento quando finalizou uma sessão da tribuna. Prometeu transparência, mas só os que estão frequentando a Câmara Municipal têm como saber o que está sendo votado. Obviamente o Manuel Caboclo (PTB), atual presidente da Casa, confundiu acesso com transparência. Acesso é aquilo que tenho direito quando necessito ou solicito uma informação. Transparência é a qualidade de não ter obstáculos visuais, por tanto transparente, o que significa que haverá publicação através dos meios de comunicação disponíveis. A Câmara Municipal de Panelas não tem sequer uma página no Facebook, no entanto, se acha transparente, mesmo não tento publicado nenhum documento.
Não tenho nenhuma esperança de que esse grupo atual de vereadores possa mudar ou contribuir de alguma forma com o desenvolvimento do município. Não é questão de opinião, mas sim de analise. Elegemos quase sempre os mesmos e quase nunca nos questionamos porque a realidade não muda. Estamos cansados de ficar na mesma situação, mas nos recusamos a mudar, seja por medo ou por esperança de sermos beneficiados de alguma forma pelo sistema. Seguimos em um caminho difícil, já conhecido e sem novidade. Os discursos dos vereadores são provas claras de que a tendência é piorar cada vez mais. Só há uma possibilidade de, talvez, descobrirmos o que há de podre na política panelense: substituir todos os vereadores de Panelas. 

 Por Pierre Logan


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