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Lourinho é o Macunaíma

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Antes de comparar esse indivíduo com o personagem mais picareta e atrapalhado de toda literatura brasileira é preciso pedir desculpa a o personagem, pois este não merece tal comparação. Macunaíma é um romance de 1928 de Mário de Andrade. Se Lourinho estivesse na política desde essa data ainda estaria tentando ser prefeito. Como falei em um artigo anterior; respeito o Lourinho/pessoa, mas escrevo aqui sobre o Lourinho/político, o mesmo que escreveu um texto vazio, tosco, pobre, poltrão e frouxo para o jornal A voz dos Cabanos. Se eu já tinha certeza que Lourinho não merecia meu voto, o texto que ele escreveu na ultima edição do jornal já mencionado é a prova cabal de que não merece o voto de ninguém, ao menos não dos que acompanham a política municipal. Vou explicar.
Para começar vou explicar o motivo da comparação. Macunaíma é tido como um “herói” sem caráter, e os críticos literários dizem que esse “sem caráter” deve ser visto como tendo dois sentidos. O primeiro é no sentido moral, como um cara irresponsável, uma pessoa que não responde pelo que faz (a culpa pelas derrotas nunca é de Lourinho). Já o outro sentido está ligado à falta de identidade ou características sólidas (nem preciso falar). Macunaíma nasce de um susto do medo da noite, assim como o Lourinho/político nasce de um susto, pois quando todo mundo já se manifestou politicamente ele reage como em um surto epilético e quando o transe passa ele reaparece (anos depois) falando: “sou pré-candidato!”. Macunaíma é preguiçoso para o trabalho e fica calado até onde pode, mas quando alguém o chama para fazer algum esforço ele diz: “Ai! que preguiça!…”. Lourinho fica calado até onde pode, é preguiçoso para a política, não se esforça muito fora de campanhas eleitorais, é como se estivesse dizendo: “Ai! que preguiça!…”. Além de fracassar no final como o personagem de Mário de Andrade e não sustentar nenhum projeto.
Agora vamos para a coluna que tive o desprazer de ler. Antes de tudo preciso esclarecer que adoro o Jornal A voz dos Cabanos, acompanho, vejo como um projeto legítimo, bem organizado e com grande potencial de crescimento. Estranhei o fato de terem se passado dois meses sem que lançassem uma única edição, mas agora que Lourinho apareceu nessa ultima está explicado. É difícil uma coisa dá certo quando ele está no meio.
O nome do texto: “coluna do jornal” (muito criativo. Ai! que preguiça!…). Logo no primeiro parágrafo ele diz que a coluna dele vai expressar “meus sentimentos (o que não nos interessa), objetivos (propaganda política antecipada), participação política (nenhuma até agora), comentários (imitando Arnóbio na agreste FM (risos)) e tudo o que diz respeito a nossa terra amada.”. (Só agora, homi?). No segundo parágrafo ele mostra que realmente não sabe o que falar, pois inicia dizendo: “No momento o que se encontra em destaque em todo município é a política…” Como assim: “no momento”? Já vamos para mais de cinquenta artigos publicados semanalmente, mas de um ano falando diariamente de política, publicando vídeos das reuniões da câmara, milhares de leitores dessa coluna política e ele diz que “no momento” o destaque é a política? Onde esse cara estava; em Marte? Ai! que preguiça!…
Pense em um texto vago. Pensou? Multiplique por dez. Pronto. Eis o texto de Lourinho. “Fofocas e mentiras” (quais?) – (vou esquecer que ele disse: “conhecedor nato”) -, “todas as mudanças administrativas” (quais?). “necessidades” (quais?), “desmandos políticos” (de quem e quais?). Aqui vai uma sugestão mais criativa para o título do ridículo texto dele: abstrações, abstrações nada mais que abstrações.
Ele ainda disse até que a “mudança começa agora…” Nem Macunaíma diria uma coisa dessas e pior, muito pior, mas muito pior do que isso. Esse cara que diz ser pré-candidato a prefeito teve a coragem (pra não dizer estupidez) de dizer que: “diante dos dados das ultimas eleições, tenho certeza que em dois mil e dezesseis, na próxima eleição, iremos ter a tão esperada vitória…”. Não estou brincando, ele disse mesmo isso. O que significa que, ele perde oito anos para Sérgio Miranda, depois perde mais uma vez para um cara totalmente desconhecido (Fred Moreira Lima), Se junta com Fred que estava com a “maquina na mão” e perde novamente, volta contra Sérgio e perde mais uma vez (até ai foi-se vinte anos) e diante dessa realidade, baseado nesses dados, fundamentando seus argumentos mais sólidos nessas estruturas históricas, ele acha que vai vencer. Deus ajude-me! Quero acreditar que ele escreveu sem querer, o que já é um avanço, pois até sexta à noite eu achava que ele não sabia escrever.
No mais ele diz que é pré-candidato a prefeito e que vai escrever mensalmente para o jornal, colocando o que conhece “do município” o que se resume ao interior da casa e do carro dele, imagino. Ele quis, como panelense, lançar-se candidato. Eu quero, como panelense, pedir que ele não faça isso. A oposição não merece tamanha desgraça. Ele ficou longe da política tanto tempo. Lourinho, continue assim; não atrapalhe os políticos de verdade. Você não se manifestou no aterramento do açude, na destruição da praça (histórica), nem do Espaço Cultural (Ainda na época de Fred), nem na eleição para presidente da Câmara (sequer apareceu), nem no ultimo Manifesto lançado pela oposição no dia 18 de maio etc. Continue assim silencioso e quieto.
No fim, lembro que há uma grande diferença entre o Lourinho/político e o personagem de Mário de Andrade: Macunaíma perde no final, morre e vira uma estrela, já a luz do Lourinho/político apagou-se faz muito tempo. E mais um comentário sobre a coluna que será escrita por ele mensalmente: Ai! que preguiça!…

Por Pierre Logan

Charge do artigo: Lourinho é o Macunaíma


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